Há poucas semanas começaram os dias com menos sol. Agora, às 18 horas é de noite. É outono. O frio está à porta e consoante se vai avançado para o inverno a temperatura desce mais. Apetece estar mais tempo em casa e agora, relembre-se, até é mais aconselhável. Queremos estar no lar, doce lar. Quentes e confortáveis. O problema é que muitos dos materiais utilizados na construção em Portugal deixam muito a desejar, sendo comum as habitações não reterem o calor como deviam.
A solução passa por investir em ares condicionados, aquecedores, aquecimento central, e não só. Porém, há que ajudar estes aparelhos a fazer o seu trabalho e, por isso, deixamos alguns conselhos para se ter uma casa "quentinha".
Isolar janelas
Perder calor pelas janelas – e também pelas portas – é um "clássico". Em lojas de bricolage, material de construção, hipermercados ou mesmo numa drogaria encontra fita adesiva de borracha, silicone ou espuma para calafetar as janelas.
Portas fechadas
As portas das diferentes divisões devem estar fechadas, sobretudo onde se está mais tempo. Desta forma, o calor não se dissipa. Já que se está nas portas, recorde-se que também se perde muito calor junto ao chão pela porta da rua. Para aqui existe sempre a solução "chouriço". Não se pode dizer que esteja na moda, mas é sempre útil.
Cortinados e persianas
Os cortinados grossos fazem maravilhas nas estações do outono e inverno, dado que retêm o calor das divisões. Durante o dia, os cortinados devem estar abertos. Quanto às persianas também devem estar para cima para tirar partido do sol e fechar-se quando anoitecer. As persianas térmicas também são uma boa opção.
Disposição das mobílias
Cortinados grossos, cortinas, tapetes aquecem uma casa. E a disposição dos móveis também é fundamental para ter uma divisão quente. Os espaços de conforto, como sofás, camas ou cadeiras, devem ficar mais próximos de paredes interiores, afastados de janelas e portas. Ter grandes móveis encostados às paredes e estantes repletas de livros também retém o calor de uma divisão, assim como papel de parede.
O forno é um amigo
Fazer comidas no forno no inverno é um dois em um. Além da qualidade da comida e que até é uma forma saudável de cozinhar, ainda aquece a cozinha e ajuda a fazer o mesmo na divisão da casa que estiver ao lado. Por falar em cozinha, um café, um chá ou um chocolate quente aquecem o corpo e a alma.
Regras de ouro
A pandemia colocou diversas interrogações no que diz respeito à utilização de sistemas de ar condicionado e se estes podem, eventualmente, contribuir para a transmissão do novo coronavírus. Com o objetivo de esclarecer dúvidas, a APIRAC – Associação Portuguesa das Empresas dos Setores Térmico, Energético, Eletrónico e do Ambiente tem no seu site diversas orientações para ajudar no combate ao coronavírus.
Entre a informação veiculada pela associação encontra-se um comunicado da Organização Mundial da Saúde, a OMS, sobre as vias de transmissão do SARS-CoV-2, no qual se confirma que a transmissão do vírus ocorre sobretudo através de secreções e gotículas e do contacto próximo com pessoas infetadas, não excluindo a possibilidade de transmissão por aerossóis. Posição idêntica tem o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, o ECDC. Assim, a APIRAC informa que os sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado (AVAC) podem ser utilizados durante a pandemia, desde que sejam cumpridas as seguintes regras:
- Limpeza e manutenção de acordo com as indicações do fabricante, por empresa certificada para serviços de instalação e manutenção de sistemas AVAC;
- Direcionamento do ar para cima, de forma a não incidir diretamente sobre os ocupantes do espaço;
- Renovação frequente do ar, de forma a assegurar, sempre que possível, uma boa ventilação nos espaços.
Em relação ao terceiro ponto, a APIRAC explica que nas habitações pessoais a renovação do ar pode ser conseguida abrindo portas ou janelas. É igualmente importante manter os sistemas de extração das instalações sanitárias ou casas de banho em funcionamento contínuo.
Também no ponto três, mas no que diz respeito aos sistemas de edifícios de comércio e serviços, estabelecimentos de ensino, entre outros, são vários os conselhos deixados pela APIRAC no que toca aos equipamentos de climatização ou ventilação. Para conhecer em detalhe estes conselhos deve aceder aqui.