Fundada em 1883, a Gorreana tem perdurado no tempo graças ao engenho, persistência e adaptação aos tempos e às circunstâncias dos familiares que "ficaram responsáveis pela fábrica de chá, e por mérito também dos funcionários que muito sacrificaram ao longo da história da fábrica", explica Martinho Mota Coelho, responsável das Plantações de Chá Gorreana, que se distinguem por serem um produto único, europeu e biológico. "É um chá produzido por uma empresa com história, mas em constante inovação, localizada num espaço com as condições ideais para um produto de qualidade e sem necessidade de utilizar pesticidas e fertilizantes químicos", sublinha Martinho Mota Coelho.
Além da localização, o responsável da empresa conta que o segredo do sucesso do chá Gorreana assenta igualmente no facto de ser produzido pelo método ortodoxo, permitindo que as folhas permaneçam enroladas e inteiras. "As nossas plantações já são também consideradas um terroir que produz um chá com características específicas. O nosso chá é então caracterizado por ser ‘macio’, ou seja, sem adstringência e fácil de beber", diz.
A grande maioria da produção das plantações é de chá verde e de chá preto. Mas, explicam-nos, a empresa tem também desenvolvido vários chás como o branco, oolong e pouchong, bem como misturas com ervas, frutos e óleos, como chás com jasmim, bergamota, ananás, menta ou lúcia-lima. Questionado se há algum que se diferencie, Martinho Mota Coelho aponta um chá com mais 70% de L-teanina, um aminoácido presente no chá que promove a nossa saúde cerebral, e que foi desenvolvido recentemente em parceria com a Universidade dos Açores.
Motivos mais do que suficientes para visitar as plantações de Chá Gorreana, um "dos locais privados com mais visitantes na ilha de São Miguel e considerado um destino obrigatório".
Cerca de 40% do chá Gorreana é exportado para outros países. O maior importador é a Alemanha, seguindo os Estados Unidos, Canadá e França