Se o dia é de descanso e relax, então a ideia será passá-lo a banhar-se num dos vários espaços que as ilhas açorianas oferecem. Começamos por destacar, desde logo, o Parque Terra Nostra na ilha de São Miguel, que, além de um belíssimo jardim botânico, está rodeado de nascentes de águas minerais.
A sua piscina de água termal é um dos motivos que levam milhares de visitantes ao local, seduzidos pelos seus fantásticos banhos de água quente. O tanque data do século XVIII e é composto por águas férreas numa temperatura de aproximadamente 40 °C, tornando-se uma excelente escolha para repouso e relaxamento. Mas quem ali se desloca poderá ainda conhecer várias cascatas, lagos e riachos. Mais recentemente, nasceu também no Parque Terra Nostra, no Vale das Furnas, um espaço de jacúzi que contempla a criação de duas zonas de relaxamento distintas.
Ainda na ilha de São Miguel, as Poças da D. Beija (Furnas) são outro espaço natural a não perder. Este é um dos locais mais visitados pelos turistas, dadas as suas características muito próprias. O espaço encontra-se dividido em cinco piscinas/tanques de águas termais quentes, com diferentes profundidades e temperaturas – a média situa-se nos 39 °C.
Em tons de verde e azul
Também em São Miguel, localizada a noroeste da ilha, no concelho de Ponta Delgada, a Lagoa das Sete Cidades é um lago de água doce, o maior dos Açores, ocupando uma área de aproximadamente 4,3 quilómetros e com uma profundidade de cerca de 33 metros.
Formada a partir da cratera de um vulcão, e classificada como Paisagem Protegida da Rede Natura 2000, a Lagoa das Sete Cidades é apenas uma, mas, por ter duas cores diferentes, chamam-lhe então Lagoa Verde e Lagoa Azul, cujas águas estão separadas por um istmo criado pelo Homem. Reza a história que a lagoa, tal como a freguesia que habita a sua margem, deve o seu nome à ilha das Sete Cidades, também conhecida por Antília. Trata-se de um pedaço de terra que terá sido por muitos marujos avistado no Atlântico Norte e que inspirou a exploração marítima de vários reinos durante séculos sem nunca ser encontrada.
Mas a lenda maior está associada às duas cores das suas águas. Conta-se que a Lagoa das Sete Cidades – uma das Sete Maravilhas de Portugal, na categoria Zonas Aquáticas não Marinha – deve as suas cores às lágrimas de uma princesa e de um pastor que se terão apaixonado, mas sido obrigados a viver afastados um do outro por ordem do rei. Foi então que a jovem princesa, de olhos azuis, e o pastor, de olhos verdes, choraram tanto que deram origem às lagoas verde e azul. Se preferir a explicação científica, então saiba que a la[1]goa verde apenas reflete a cor da densa vegetação que a circunda, e a azul, em dias de bom tempo, reflete o azul do céu. Para visitar a lagoa, pode partir de Ponta Delgada rumo à freguesia das Sete Cida[1]des e ao Miradouro Vista do Rei, de onde desfruta de uma vista privilegiada sobre o espaço.