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Pequenas paragens numa grande viagem

As nove ilhas que compõem o arquipélago têm todas a sua singularidade, embora a beleza seja transversal. Há muito para conhecer em cada uma delas e nós indicamos o melhor caminho.

02 julho 2020 11:02

Os Açores são nove pedaços de paraíso em Portugal. São ilhas todas diferentes, mas que têm algo em comum: a beleza. Nestas duas páginas dão-se dicas do que se deve ver e fazer em cada uma destas ilhas, ou seja, dos programas que são absolutamente imperdíveis.

Como na descrição que é usual ser feita em muitas fotografias de equipas desportivas, vamos começar da esquerda para direita, no Grupo Ocidental, mais concretamente na bela ilha das Flores, o ponto mais ocidental da Europa. Nesta ilha, inicialmente designada ilha de São Tomás ou de Santa Iria, mas cuja atual denominação se ficou a dever à abundância de flores amarelas, as cubres, é obrigatório visitar as Sete Lagoas na zona central da ilha.

A Rocha dos Bordões, um espetacular fenómeno geológico que tem a sua origem na solidificação do basalto em estrias verticais, e as cascatas da Fajãzinha e do Poço do Bacalhau pedem também uma visita.

No Corvo, a ilha mais pequena dos Açores e com menos população, há para ver, entre outros cenários de natureza, o Caldeirão, a cratera de um antigo vulcão com 300 metros de profundidade e 2.400 metros de perímetro. No fundo, os corvinos orgulham-se de ter duas lagoas maravilhosas com pequenas ilhotas que muitos associam com o arquipélago.

Grupo Central

No Faial, destaca-se o vulcão dos Capelinhos (e o seu centro de interpretação), a Caldeira, um cone vulcânico, o Monte da Guia, outro cone vulcânico, mas com vista sobre a baía do Porto Pim e, naturalmente, a cidade da Horta. A capital da terceira ilha mais populosa do arquipélago tem muitas atrações, como a sua marina, que alberga marinheiros e embarcações que cruzam o Atlântico por mar, o icónico Peter Café Sport ou a Igreja Matriz de São Salvador, ladeada pela autarquia e o Museu da Horta.

Com 2.351 m de altitude, a Montanha do Pico é o ponto mais alto de Portugal. A subida ao Pico é possível se acompanhado por um guia local. Na segunda maior ilha açoriana merecem uma visita a Vila das Lajes e o seu Museu do Baleeiro, ex-líbris local e que retrata a atividade da baleação no passado. É que é no Pico que a tradição baleeira açoriana está mais enraizada, o que não é um pormenor de somenos importância. Na ilha, refira-se, existem diversos museus e centros etnográficos nos quais se perpetuam as artes tradicionais desta atividade. Também os vinhedos, já históricos, marcam a paisagem picarota.

Em São Jorge são as fajãs que "mandam". Estas magníficas altas arribas que descem até ao oceano são férteis e estão nos dois lados desta ilha de forma comprida. De salientar a Fajã da Caldeira de Santo Cristo na Ribeira Seca, com uma gruta submarina e uma lagoa onde se criam amêijoas. No mesmo local pode visitar o Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Mas existem outras fajãs belíssimas: as casas típicas dão fama à Fajã de São João; por sua vez são as colchas e os tapetes que se destacam na Fajã dos Vimes.

Para quem gosta de alturas e paisagens deslumbrantes, o miradouro das Velas tem uma vista panorâmica sobre a vila das Velas e as restantes duas ilhas que compõem o chamado Triângulo: Pico e Faial.

A arte sacra açoriana também está patente em vários locais, merecendo nota a Igreja de Santa Bárbara, em estilo barroco. E a Igreja Matriz de São Jorge, edificada no século XVII e considerada a primeira igreja da ilha.

Na Graciosa, ilha de forma oval, deve visitar-se a Caldeira da Graciosa. Ali encontra-se o Centro de Visitantes da Furna do Enxofre, o núcleo da Reserva da Biosfera e do Parque Natural da Graciosa. Este local é também a porta de entrada para a Furna do Enxofre, fenómeno vulcanológico raro, geologicamente único no mundo.

Na mesma ilha deve conhecer-se o casario da Vila de Santa Cruz que faz viajar no tempo. Igrejas e moinhos de vento históricos também existem. E aconselha-se vivamente a desfrutar das Termas do Carapacho, uma estância termal do século XIX, situada junto ao mar. As suas águas sulfurosas, cuja temperatura está entre os 36 e os 40 graus centígrados, são utilizadas para o tratamento de reumatismo e doenças de pele. A área é também muito procurada pelas suas piscinas naturais.

Por sua vez, na Terceira, o que faz os postais é Angra do Heroísmo, cidade classificada como Património Mundial pela UNESCO. Portanto, calcorrear as ruas e os recantos do centro histórico é indispensável. Edifícios obrigatórios: Sé Catedral, considerado o maior templo do arquipélago; Antigo Convento e Igreja de São Francisco, de arquitetura barroca, hoje, o Museu de Angra do Heroísmo; Tesouro da Sé, o Museu de Arte Sacra, onde existem muitas peças de cariz religioso. Entre o muito mais que deve ver, visite ainda o Monte Brasil.

Fora de Angra do Heroísmo deve conhecer-se o Algar do Carvão, uma chaminé vulcânica com 90 metros de profundidade. A zona vitivinícola dos Biscoitos e a área balnear com piscinas naturais. No que toca à arquitetura religiosa, nota para a Igreja Matriz da Praia da Vitória, com pórticos ogivais e capelas manuelinas.

Grupo Oriental

São Miguel é conhecido pela sua beleza natural. Florestas, prados, vales, ribeiras e, claro, lagoas. Na maior ilha do arquipélago tem mesmo de se ir à Lagoa das Sete Cidades. Trata-se de uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. Se se quiser deleitar com uma vista panorâmica do local suba até ao miradouro Vista do Rei.

Igualmente imperdível é a Lagoa do Fogo, que tem uma praia de areias brancas numa enorme cratera. É Reserva Natural desde 1974.

Já na Lagoa das Furnas encontra flores, água, águas minerais, termais e outras que ajudam o organismo. O que também ajuda muito é "forrar o estômago" com o tradicional cozido à portuguesa que ali é feito com recurso ao calor interno do vulcão. Uma nota ainda para a Ermida de Nossa Senhora das Vitórias, uma construção gótica do séc. XIX que ali se encontra à beira de água plantada.

Também tem de se visitar na Ilha Verde o Parque Terra Nostra, a zona balnear e termal com nascentes de águas terapêuticas Ponta da Ferraria, a capital, Ponta Delgada, e o ilhéu de Vila Franca, uma Reserva Natural perto da costa com transporte regular no verão.

Em Santa Maria tem de conhecer a baía de São Lourenço, um autêntico anfiteatro, com praia, piscinas naturais e vinhas. Já que estamos no verão mergulhe na praia Formosa. Outros locais de interesse são: o Lugar dos Anjos; o Barreiro da Faneca; ou a Ribeira de Maloás.