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Vacine-se, pela sua saúde!

Na Semana Europeia da Vacinação, é importante alertar que Portugal não faz parte dos 48% dos países da UE com uma estratégia de vacinação destinada ao adulto. Vamos mudar as estatísticas? Os ganhos em saúde e económicos são comprovados

30 abril 2025 09:00

Sabia que a população com mais de 65 anos é a faixa etária que  apresenta a taxa de crescimento mais elevada do mundo? Portugal não é exceção. As previsões apontam para que, nos próximos 30 anos, mais de um terço da população portuguesa tenha mais de 65 anos.

São necessárias políticas de saúde adequadas a esta nova realidade. É fundamental, por isso, alertar para o papel que a vacinação pode desempenhar na proteção da saúde e qualidade de vida dos adultos, especialmente nesta Semana Europeia da Vacinação.

Portugal é o sexto país da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com maior esperança média de vida após os 65 anos. Contudo, está na quarta pior posição se considerarmos os anos de vida efetivamente saudáveis após esse referencial dos 65 anos.

Na União Europeia (UE), 48% dos países já dispõem de uma estratégia de vacinação especificamente dirigida ao adulto, quer por  via de um calendário vacinal (isolado ou integrado num programa de vacinação ao longo da vida), quer por via de uma narrativa de comunicação e sensibilização dirigidas especificamente a esta população. Infelizmente, Portugal não faz parte deste grupo de países, apesar de ter vacinas dirigidas ao adulto no âmbito das campanhas sazonais.

Nos tempos que vivemos, nunca será demais recordar que as vacinas foram os medicamentos que mais vidas salvaram na história da humanidade Joana Louro, Médica Especialista em Medicina Interna 

Custos das doenças: 245,4 milhões

Em vários países da União Europeia com algumas semelhanças com Portugal, as doenças preveníveis por vacinação têm impactos anuais de centenas de milhões de euros. A partir dos dados apurados para os diferentes contextos nacionais, existe uma extrapolação da escala de impacto económico e social, contemplando custos médicos com a gestão da doença e custos indiretos relacionados com perdas de produtividade e, em alguns casos, com prestações sociais, para a realidade portuguesa. Os valores apurados apontam para um referencial de impacto económico anual agregado de 245,4 milhões de euros.

A vacinação permite ganhos em saúde e económicos, amplamente comprovados. O investimento em vacinação tem demonstrado ser custo-efetivo, com ganhos em saúde que superam largamente as consequências sanitárias que decorreriam de um contexto em que a estratégia e a inovação vacinal não existisse nem fosse coberta pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

É fundamental que o País, honrando o histórico de sucesso que o Programa Nacional de Vacinação representa na sociedade portuguesa, possa olhar para a vacinação enquanto fator de contributo significativo numa harmonia entre a longevidade e a qualidade de vida.

Retorno 19 vezes superior

A vacinação contribui não só para a prevenção de óbitos, mas também para a diminuição da gravidade das doenças, reduzindo hospitalizações e complicações e melhorando a qualidade de vida da população. No caso concreto da vacinação do adulto, estima-se que os programas vacinais dirigidos à idade adulta geram um retorno económico para a sociedade 19 vezes superior ao investimento.

Existem diversas doenças que podem ser preveníveis por vacinação, como por exemplo: tétano, difteria, tosse convulsa, doença pneumocócica, doença provocada por HPV, doença provocada por vírus sincicial respiratório (VSR), zona (herpes zoster) e gripe.

É fundamental um consenso político  quanto à importância de reforçar, em particular, o investimento na proteção vacinal na idade adulta.

Muitas doenças acabam por já ter programas de prevenção enquanto outras ainda precisam de medidas não só para proteger as pessoas, mas também o País, como por exemplo a zona (herpes zoster).

Portugal, através do Programa Nacional de Vacinação (PNV), dispõe de oferta e cobertura pública vacinal com indicações para a idade adulta, prevendo em vários casos a administração para grupos de risco. No entanto, falta uma narrativa institucional própria dirigida especificamente a estas faixas etárias e que as sensibilize.

Várias das vacinas previstas no PNV e com indicação para idade adulta ou grupos de risco acabaram por ser esquematizadas e comunicadas publicamente por via de normas específicas, em alguns casos documentos oficiais de complexa compreensão por parte do cidadão, o que pode comprometer o seu potencial de cobertura e proteção na comunidade.  

O investimento em vacinação, a longo prazo, não comporta um custo para o Estado porque acaba por ser compensado pela carga de doença (e recursos em saúde) que é evitada.

NP-PT-GVU-JRNA-250001 | 04/2025 – Consulte o seu médico