"Que séries andas a ver?" "Já subscreveste o novo canal de streaming?" "Podíamos levar as crianças ao cinema no fim de semana." Já todos proferimos, pelo menos, uma destas frases. A televisão, o computador e os telemóveis são uma boa forma de passar tempo, mas com conta, peso e medida.
À medida que as tecnologias vão ocupando mais tempo do nosso quotidiano, as rotinas alteram-se. No meio destes consumos culturais, ler fica recorrentemente fora do paradigma das famílias. No nosso país, as feiras do livro proliferam por praticamente todos os distritos, mas o consumo de livros é (muito) baixo: em junho de 2017, a APEL estimava que cada português compra, em média, 1,3 livros por ano.
Na escola, o percurso em português é feito para estimular o conhecimento de algumas obras. Mas é preciso mais. É necessário que pais e docentes, em conjunto, fomentem a literacia desde tenra idade. Afinal, e os ditados raramente se enganam, é de pequenino…
Aprender na escola, incentivar em casa
O papel da escola no fomento do gosto pela leitura é inegável, mas é também limitado. A nível de recursos, as escolas não conseguem dar resposta a todos os alunos com livros adequados a cada idade. A nível de tempo, e com um programa tão vasto de conteúdos para lecionar, é também difícil que a leitura seja presença assídua. Isto apesar de os programas curriculares terem em conta a importância de ler e de o incentivarem.
Cabe, portanto, aos pais e encarregados de educação criar uma rotina de leitura com os mais novos, desde pequenos, para lhes fomentar o gosto pelo conhecimento, pela aprendizagem. A leitura deve sempre surgir como um prazer, e não como uma obrigação. Quanto mais cedo se estimular este gosto, mais frutos terá.
À proatividade na leitura juntar-se-ão competências para formar e informar as crianças, ajudando ao desenvolvimento da personalidade como indivíduo e como comunidade. A forma mais fácil será o acesso democratizado a obras adequadas a cada idade. Neste sentido, é importante que o livro seja olhado como um bem tão necessário na lista de compras como o pão ou o leite. Para isto, há um fator indispensável: a acessibilidade.
A proximidade faz toda a diferença
Ter acesso a livros pode parecer um dado adquirido para muitos portugueses, mas fora das grandes cidades, as livrarias não são assim tão comuns. Consciente da importância da promoção da literacia, o Pingo Doce apresenta-se como uma possível alternativa para a aquisição de livros. Com mais de 400 lojas espalhadas pelo País, é, muitas vezes, a livraria mais próxima num raio de dezenas de quilómetros para muitos portugueses. Ao longo de 12 anos, a marca do grupo Jerónimo Martins já lançou mais de 380 títulos infanto-juvenis. São já mais de 1,5 milhões de exemplares exclusivos vendidos. A coleção Histórias de Encantar, por exemplo, tem 60 títulos publicados e quatro lançamentos anuais, dando novos motivos para as crianças sonharem todos os anos.
Anualmente, o Pingo Doce lança também o Prémio de Literatura Infantil, do qual já saíram cinco obras inéditas e exclusivas. Esta iniciativa premeia o talento nacional tanto a nível de texto como de ilustração, promovendo a descoberta de novos autores e ilustradores que mostrem uma veia criativa para a literatura infantil. Ao mesmo tempo, ao promover a iniciativa e ao publicar as obras, fomenta-se também a valorização da literatura portuguesa, com novas e diferentes histórias para os mais novos.
A iniciativa vai já na sua sexta edição. Depois de centenas de candidaturas de texto, cabe agora aos jurados decidir o vencedor desta primeira fase. Para escolher a história vencedora de 2019, o Pingo Doce reuniu um júri de peso na área da literatura: Laurinda Alves, Leonor Riscado, Rosário Alçada Araújo, Mário Cordeiro e Sara Miranda. Depois de elegerem o vencedor de texto, há uma nova etapa de candidaturas, desta feita para a fase de ilustração, que começa a 13 de maio.
Se tem mão para o desenho, pode tentar este ano a sorte de entrar no mundo da literatura infantil portuguesa. Se é só um grande apreciador de histórias para os mais novos, pode ir já atualizando a biblioteca lá de casa com os títulos anteriores. Há monstros no túnel; Orlando, o caracol apaixonado; De onde vêm as bruxas; O meu livro tem bicho e O Narciso com pelos no nariz vão fazer as delícias dos pequenos, mesmo que fujam aos clássicos de princesas e cavaleiros. Pode encontrá-los em todas as lojas Pingo Doce, e não se arrependerá de o tirar da prateleira do supermercado para a prateleira preferida dos seus filhos lá em casa!