A McDonald’s chegou a Portugal em 1991 e, desde então, já abriu mais de 190 restaurantes por todo o País – a grande maioria gerida por empresários locais. Cada McDonald's dá emprego a cerca de 50 pessoas. No total, a empresa tem 10 mil colaboradores em Portugal – mais de metade tem menos de 25 anos.
Pelo facto de ter muitos colaboradores jovens, a McDonald’s criou, em 2020, o programa UP, um programa nacional de bolsas de estudo. De acordo com Sofia Mendoça, diretora de Recursos Humanos da McDonald’s, a empresa "decidiu atribuir bolsas de estudo aos colaboradores dos seus restaurantes que mostrassem vontade em continuar os estudos no ensino universitário e, ao mesmo tempo, tivessem um bom desempenho tanto escolar como profissional". Uma iniciativa que se deve ao facto de a formação profissional e académica ser "um dos pilares fundamentais da McDonald's em Portugal".
"Nós acreditamos que as pessoas, quando têm boa formação, conseguem satisfazer melhor as suas necessidades profissionais, ser mais felizes e construir carreiras de sucesso. A McDonald's é uma empresa que consegue, no fundo, construir as condições para que os colaboradores consigam conciliar os estudos nas universidades com o trabalho: temos horários flexíveis, que conseguimos ajustar às necessidades dos colaboradores para as aulas, exames, etc".
Trabalhar na McDonald’s "tem sido fenomenal"
Diogo Almeida trabalha na McDonald's há cerca de cinco anos e garante que a experiência tem sido "fenomenal". Quando terminei o ensino secundário, estava muito incerto quanto ao meu futuro. Achei que na McDonald's ia ter uma oportunidade fantástica, tendo em conta também a opinião de outras pessoas que me disseram que era um local onde iria ganhar muitas competências e, acima de tudo, experiência profissional", começa por explicar. "Há também a possibilidade de progressão na carreira, mas acima de tudo, perceber o que é que eu queria para o futuro, não só através da experiência, mas por lidar diariamente com pessoas. E foi realmente isso que aconteceu: ao lidar diariamente com pessoas e trabalhar em equipa, passei a ter gosto pela área da saúde, que é o curso que estou a tirar atualmente", acrescenta.
Diogo Almeida acredita que as competências que adquiriu ao trabalhar na McDonald’s – sobretudo a comunicação e o trabalho em equipa – "acabam por ser muito transversais para qualquer área que possamos desempenhar no futuro".
Programa de apoio já chegou aos 800 trabalhadores-estudantes
O programa UP atribui cerca de 200 bolsas de estudo por ano. Desde 2020, a McDonald’s já atribuiu pelo menos 800 bolsas no âmbito deste projeto. Inicialmente, cada bolseiro recebia 500 euros por ano letivo, mas, na quarta edição do programa, que começou este ano letivo, o apoio financeiro aumentou.
"Dado o contexto económico de inflação que vivemos e também sabendo que os estudantes não têm só os custos da propina, mas também outros custos com livros, alimentação e muitos deles, até, alojamento, entendemos que 500 euros acabava por ser um bocadinho insuficiente para tudo e resolvemos duplicar o valor das bolsas. Passámos a atribuir bolsas de 1000 euros por estudante", explica Sofia Mendoça.
Investimento de mais de meio milhão de euros
Desde o início do programa, a McDonald's já investiu mais de meio milhão de euros. Para a empresa, é um "investimento totalmente certeiro" e, segundo Sofia Mendoça, a McDonald's vai "continuar a investir para promover a continuação dos estudos porque sem educação e sem formação ninguém consegue progredir".
"Queremos que as pessoas consigam construir carreiras, seja dentro do McDonald's, seja fora do McDonald's. Porque muitos até concluem os seus estudos universitários e seguem carreiras mais direcionadas ao curso que tiraram. É natural. Mas nós entendemos que conseguimos ajudar a sociedade a ser cada vez melhor e, se todos fizermos a nossa parte, de certeza absoluta que o país também vai crescer mais rápido", assegura a diretora de Recursos Humanos.
Candidatura simples
Diogo Almeida garante que fazer a candidatura ao programa UP "é bastante simples", apesar de existirem alguns "pré-requisitos" como "o tempo de trabalho dentro da empresa" e "uma avaliação de desempenho a nível profissional e pessoal". Diogo está a fazer uma licenciatura em Fisioterapia e tem como "maior ambição" trabalhar por conta própria devido aos valores que "a própria McDonald’s incutiu através da autonomia e da individualidade".
Apoio cobre as propinas e inclui kit de material escolar
Quanto ao valor atribuído, "há três anos, a bolsa era no valor de 500 euros e as propinas eram cerca de 700. Portanto, havia uma diferença de 200 euros. Atualmente é de 1000 euros e é um apoio muito mais preponderante para conseguir terminar a licenciatura com o maior sucesso possível", explica Sofia Mendoça. O montante é atribuído "metade no final de outubro e outra metade no final de fevereiro" para coincidir com os períodos letivos. Além disso, os alunos recebem também um kit de material escolar composto por "uma mochila, um bloco de notas, uma power bank e canetas".