West Side Story: o génio Steven Spielberg no melhor musical de sempre
Já não precisa de esperar mais! Os bilhetes já estão à venda para o musical mais aguardado do ano. O novo West Side Story chegou aos cinemas, e tem tudo o que esperava – e mais ainda!
Duas comunidades rivais, um amor que parece ultrapassar tudo, um bairro em Nova Iorque. Em resumo, sem spoilers, seria isto que se poderia dizer de West Side Story, uma história que se passa em 1957, mas que se poderia passar nos dias de hoje. O enredo é já conhecido e amplamente reconhecido – no cinema e no teatro, as interpretações da história conquistaram Óscares e Tony Awards, os mais prestigiados prémios do cinema e do teatro, respectivamente.
O filme tem tudo o que de melhor a primeira versão de West Side Story nos trouxe: a história romântica, as músicas, a ação e as personagens marcantes. Mas traz, também, a perspetiva de Steven Spielberg, que assume a responsabilidade de honrar aquele que é por muitos considerado "o melhor musical de sempre".
Um filme intemporal e multicultural
É uma proeza que poucas histórias conseguem manter: o seu caráter intemporal, mesmo depois de praticamente 60 anos. Nas palavras de Spielberg, esse foi também um dos motores para querer tanto recriar a história: "Acredito que as grandes histórias devem ser contadas uma e outra vez, para refletir diferentes perspetivas e momentos (…)."
O principal objetivo do novo West Side Story, considerado um símbolo cultural americano, é o de trazer para o século XXI - transmitindo valores intemporais - uma mensagem especialmente importante tendo em conta o contexto particular dos EUA, em que as dicotomias e as segregações voltaram a tentar normalizar-se nos últimos anos.
Steven Spielberg
O musical retrata a história de dois gangues de adolescentes, em Nova Iorque, sendo um de origem porto-riquenha e outro de descendentes de imigrantes europeus, e a intensa história de amor entre Tony e Maria.
A direção do novo West Side Story compreende o peso de um remake de um dos maiores e melhores musicais de sempre. "Precisámos de descobrir a nossa voz, para que [o novo filme] fosse o mesmo, mas distintamente diferente." Para o realizador, não faria sentido corrigir aquilo que já estava bem, mas houve uma renovada preocupação com aspetos como o casting. No original, havia algumas personagens, nomeadamente porto-riquenhos, representadas por caucasianos; jovens interpretados por atores de 30 anos. Na versão de 2021, o objetivo foi o de um casting 100% autêntico.
O racismo, o nativismo, a pobreza, são temas fraturantes do filme, com um enredo que, à primeira vista, é só mais uma história romântica, mas onde reflexão nos leva além dela.
Uma produção com grandes estrelas mundiais
Na história e atrás das câmaras, West Side Story traz nomes de peso do cinema mundial para um remake há muito esperado. Rita Moreno, que participou no original, tem direito a um papel pensado à sua medida, trazendo a ligação entre filmes de 1957 para o presente. A atriz é também produtora executiva, com uma visão única de quem vivenciou a primeira versão.
A Steven Spielberg e Rita Moreno juntam-se Kristie Macosko Krieger, nomeada a um Óscar, como produtora, Kushner, como produtor executivo, Justin Peck, vencedor de um Tony, na coreografia, e Gustavo Dudamel, vencedor de um Grammy, responsável da banda sonora, entre outros grandes nomes.
No elenco, Ansel Elgort, no papel de Tony, Rachel Zegner, como Maria, Ariana DeBose, como Anita, e David Alvarez, no papel de Bernardo, são alguns dos nomes que poderá encontrar nesta história cheia de música, dança, romance e tragédia, como uma boa história hollywoodesca deve ser.
Nos vários cinemas de norte a sul do País, West Side Story leva-o numa viagem a Nova Iorque dos anos 50, mas a viagem cultural e política perdurará muito para além do final do filme. Os bilhetes já estão à venda.