Chegou o momento de resgatar o mar das pessoas
Joana Schenker, campeã de bodyboard, centra-se nas preocupações e nas mudanças que urgem fazer para salvar o mar que trata por tu.
Nunca se falou tanto de consciência ambiental e de poluição dos oceanos como agora. O mundo parece ter acordado do entorpecimento em que tudo parecia inesgotável e remediável. Até aqui, vivemos na época do consumo fast, em que o descartável era, mais do que opção, preferência.
A responsabilidade com fatores como emissão de poluentes ou separação de resíduos era delegada para grandes empresas e produtoras. Hoje sabemos que a urgência e a gravidade de salvar os mais diversos ecossistemas exige a ajuda e a mudança de todos. É essencial pôr todos a remar para o mesmo lado, sob pena de não termos mais mar para remar.
Os números são alarmantes. Segundo as Nações Unidas, se as taxas de poluição não se alterarem, haverá em 2050 mais plástico do que peixe nos oceanos. Atualmente, estima-se que haja 150 milhões de toneladas de plástico no mar. O mais recente relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistémicos das Nações Unidas revela que todos os anos são despejados entre 300 e 400 milhões de toneladas de metais pesados, entre outras substâncias tóxicas, no mar. As conclusões revelam também que, dos ecossistemas marítimos existentes em 1700, apenas 13% resistiram até 2000.
O Global Risks Report 2019 identifica os riscos ambientais, mais um ano, como a principal ameaça de perceção de risco. Os cinco riscos ambientais identificados no relatório estão novamente na categoria de alto impacto e de alta probabilidade: perda de biodiversidade; eventos climáticos extremos; fracasso na mitigação e adaptação às alterações climáticas; desastres ambientais provocados pelo Homem e catástrofes naturais.
Os resultados da inação climática estão a tornar-se mais claros. O ritmo acelerado da perda de biodiversidade é uma preocupação especial. A abundância de espécies diminuiu em 60% desde 1970. Na cadeia alimentar humana, a perda de biodiversidade está a afetar a saúde e o desenvolvimento socioeconómico, com implicações no bem-estar, produtividade e até mesmo na segurança regional.
Toda a preocupação é pouca
A consciencialização é crescente, na mesma medida em que são dados cada vez mais alarmantes. No Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, em Lisboa, Tadashi Kawamata criou a exposição Over Flow. Através de resíduos de plástico e barcos abandonados recolhidos na costa portuguesa, criou uma instalação imersiva na qual os visitantes experienciavam "uma paisagem marítima na sequência de uma catástrofe ecológica imaginária em que os detritos transportados pelos oceanos engoliram a civilização", como se pode ler no site do museu.
A preocupação mantém-se em pequenos gestos quotidianos que, devido à profissão, se tornam cruciais na vida de Schenker, como o é o uso de protetor.
Da vida na pele à vida nos oceanos: todos os gestos contam
Os problemas nos oceanos são tão vastos e tão profundos como a sua imensidão e a vastidão de espécies que neles habitam. Os recifes de corais têm um papel fundamental no ecossistema marinho, funcionando como abrigo e alimento para animais, bactérias e plantas. Estima-se que entre 25% e 50% das espécies marinhas se refugiem neles.
Desempenham também um papel fundamental na proteção do solo e da costa e ajudam a minimizar os danos de catástrofes naturais, como furacões e tsunamis. A ação do Homem no mar tem, contudo, afetado também estes ecossistemas. O escoamento para os oceanos e a pesca excessiva, por exemplo, são extremamente prejudiciais. Mas há mais. O simples gesto de utilização de protetor solar pode estar a danificá-los.
Preocupação ambiental, da criação à utilização
Quando questionada sobre as características essenciais num protetor solar, Joana é perentória: "Tem de ter uma proteção solar muito alta, ser muito resistente à água, não pode colar, não pode arder nos olhos. Gosto de aplicar e sentir que a pele absorveu o produto sem deixar rasto ou oleosidade. Não pode conter ingredientes nocivos para a minha pele ou para a vida marinha."
A iniciativa Skin Protect Ocean Respect da marca Avène espelha exatamente estas características: "É uma marca com uma preocupação ambiental, com uma exigência de qualidade altíssima, e que tem produtos imprescindíveis do meu dia a dia – acaba por ser um perfect match", resume.
A marca tem uma parceria com o PUR Projet, de forma a ajudar na regeneração dos recifes de corais no Sudoeste Asiático. Até à data e através deste projeto, já foram replantados mais de 2.000 corais, com uma taxa de sobrevivência de 97%. Depois, é feita uma supervisão, uma a duas vezes por semana, para garantir o desenvolvimento adequado dos corais. Com a instalação das primeiras estruturas, houve um retorno da fauna marinha nos locais. Avène está assim ativamente a contribuir para a recuperação deste ecossistema tão importante. Este ano, a marca associou-se à National Geographic em Portugal, que se junta à iniciativa Skin Protect Ocean Respect para juntas continuarem a consciencializar a população para esta questão tão importante e em que podemos ter um papel mais ativo. Porque cuidar dos oceanos é um gesto que cabe a todos.
Joana Schenker resume a importância de pequenos gestos quotidianos: "O nosso futuro depende da nossa capacidade de mudar."