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#AdoroOsMeusOlhos: sabe o que é retinopatia diabética?

A professora Lilianne Duarte, médica Oftalmologista e membro da Direção da SPO, fala-nos acerca de uma patologia com consequências graves, se não tratada atempadamente.

30 de setembro de 2022 às 17:30

Sabia que existe uma semana comemorativa dedicada à visão? Celebrada entre 10 e 16 de outubro, tem como objetivo alertar para a importância de uma boa saúde ocular. No âmbito da campanha #AdoroOsMeusOlhos, iniciativa da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, e a propósito da celebração, a médica Oftalmologista e membro da Direção da SPO, Lilianne Duarte explica-nos o que é a retinopatia diabética, quais as causas e que cuidados são necessários. 


O que é e qual o impacto da retinopatia diabética?


Quais são os principais fatores de risco?

Os principais fatores de risco para o início da retinopatia são o tempo de duração e tipo de diabetes, o mau controlo metabólico, o mau controlo da pressão arterial ou dislipidemia. O risco de agravamento e complicações da diabetes ocular aumenta nas idades mais avançadas pelo maior risco de associação com outras doenças.


Em que consiste e quais os sinais e sintomas? Pode levar à cegueira?


Como se controla a progressão da retinopatia diabética?

A forma de evitar a perda da visão pela retinopatia diabética passa por:
1 – Prevenção pelo diagnóstico precoce da diabetes, bom controlo metabólico, bom cumprimento por parte do doente e adoção de hábitos de vida adequados;
2 – Vigilância regular por oftalmologista para uma deteção precoce da doença;
3 – Tratamento adequado e atempado com laser, injeção intravítrea de medicamento ou cirurgia de acordo com o quadro clínico, evitando a progressão para estádios graves.

O diagnóstico precoce e o controlo da diabetes e outros fatores pelo diabetologista, a referenciação regular (anual) para o médico oftalmologista, e o tratamento ocular adequado e atempado com laser e/ou injeções intravítreas podem reduzir a perda visual grave até 90% e diminuir os casos de cegueira legal por retinopatia diabética grave/muito grave de 50% para 5%.

O impacto positivo na qualidade de vida e custos económicos é indubitável.