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PS acusa Mota Soares de divulgar números falsos

14 de julho de 2015 às 16:43
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João Galamba disse que "o ministro deve estar desorientado com a não retoma do emprego em Portugal e inventou números sem qualquer credibilidade”

O PS acusou esta terça-feira o ministro Pedro Mota Soares de divulgar números falsos sobre o emprego em Portugal, contrapondo que o balanço líquido do mandato do Governo aponta para a destruição de 320 mil postos de trabalho.

 

João Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, reagia a afirmações proferidas pelo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, na segunda-feira, em Portimão, onde afirmou que desde o início de 2013 foram criados 175 mil novos postos de trabalho em Portugal.

 

"O ministro Mota Soares deve estar desorientado com a não retoma do emprego em Portugal, como demonstraram os mais recentes indicadores do Instituto Nacional de Estatística [em maio], efabulou e inventou números sem qualquer credibilidade. Cada vez que um membro do Governo faltar à verdade, o PS irá repô-la, fazendo os desmentidos que se impõem", advertiu o dirigente socialista.

 

Segundo João Galamba, "é falsa" a ideia do dirigente do CDS-PP de que Portugal criou 175 mil empregos desde o início de 2013, referindo que os dados demonstram antes que "foram apenas 120 mil, dos quais cerca de 75% são contratos de emprego e inserção".

 

"Estes números apontados não incluem estágios e são empregos precários criados no Estado e nas Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS). Não há, portanto, qualquer dinamismo criador de emprego no sector privado", sustentou o deputado socialista.

 

João Galamba acusou também o ministro da Solidariedade e do Emprego de pretender "esconder" que o mandato do actual Governo começou em Junho de 2011 e não apenas em 2013.

 

"Em quatro anos verifica-se uma destruição líquida de emprego na ordem dos 320 mil. Assim, mesmo com todo o arsenal de políticas activas de emprego, nestes últimos dois anos e meio, o Governo criou muito menos empregos do que destruiu. Só no segundo semestre de 2012 foram destruídos 181 mil empregos", contrapôs o membro do Secretariado Nacional do PS.

 

João Galamba contestou ainda a afirmação de Pedro Mota Soares, segundo a qual por cada emprego precário são criados três postos de trabalho permanentes.

 

"Isso é também falso, porque 90% dos novos contratos são precários e não permanentes", advogou o dirigente socialista.

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