
Psicólogo e Professor Universitário, Membro da Direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Psicólogo e Professor Universitário, Membro da Direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Se os desafios enfrentados por muitos rapazes são reais e não devem ser ignorados, também é perigoso transformá-los numa narrativa de vitimização que ataca os progressos das mulheres na sociedade, para mais quando persistem indicadores de desigualdade entre sexos, com prejuízo para o feminino.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
No início dos anos 2000, a ideia de uma consulta de psicologia ser feita a distância era algo novo para muitos e certamente não era a prática regular. Vinte anos depois, a discussão já não é apenas sobre teleconsultas ou atos da profissão feitos a distância, que são uma prática comum e válida, mas sobre qual é a extensão do papel das tecnologias da informação e da comunicação na compreensão do comportamento humano e na prestação de serviços de psicologia.
Uma antiga expressão diz que a melhor forma de destruir uma cidade é bombardeá-la ou então congelar as rendas.
Vale a pena promover o desenvolvimento de carreira num mundo tão incerto? Ora, é justamente porque o mundo está como está que, mais do que nunca, o desenvolvimento de carreira e as competências que nele se promovem é essencial.
Uma cultura de saúde e bem estar envolve olhar para este assunto como algo que está integrado e é natural no funcionamento de uma organização e na sua natureza. Disso depende, não apenas o bem estar de cada pessoa, mas também os resultados económicos e a competitividade da própria organização.
É preciso promover a literacia digital, de forma a capacitar os jovens para a utilização destes dispositivos e os seus conteúdos e terem sobre eles uma capacidade crítica. Afinal, é o que fazemos com os smartphones o que pode ser problemático.
Não existindo, nem podendo existir, uma espécie de tabela nacional uniformizada, é natural que os preços, com maior ou menor oscilação, reflitam o que está por trás daquele serviço que é praticado.
Há uma ação decisiva que pode ser feita pelos responsáveis públicos e privados neste âmbito: aumentar e melhorar a oferta. E que tal as pessoas poderem ter mais acesso aos serviços de que necessitam?
O problema de uma crescente individualização ou centração de cada indivíduo em si próprio e no seu mundo, sendo o outro visto como um atrapalho ou inconveniente, além de nos tornar pessoas mais desagradáveis no trato, tem impactos para cada um de nós.
Há uma enorme diferença entre profissionais que têm formação e estão vinculados a um código deontológico, e uma pletora de falsos terapeutas e falsos coaches, mentores intuitivos, mental health trainers, especialistas e autodidatas em felicidade ou inteligência emocional, entre outros.