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A redução de postos de trabalho faz parte da estratégia para cortar custos em 3.000 milhões de dólares até 2019. O número anunciado corresponde a mais de um quarto do total de colaboradores a nível mundial. Em Portugal, a empresa dá trabalho directo a 115 pessoas.
Por Paulo Zacarias Gomes - Jornal de Negócios
A farmacêutica Teva anunciou que vai reduzir a sua força laboral mundial em 14.000 trabalhadores, mais de um quarto do total de colaboradores da empresa israelita. A medida faz parte do plano de reestruturação apresentado esta quinta-feira, 14 de Dezembro, e que de acordo com a companhia é "crucial" para recuperar a segurança financeira e estabilizar o nosso negócio."Estamos a tomar medidas imediatas e decisivas para reduzir os custos do nosso negócio global e para nos tornarmos numa empresa mais eficiente e rentável," refere um comunicado da Teva.A redução do número de colaboradores será levada a cabo ao longo dos próximos dois anos, embora a maioria deva acontecer já em 2018. A maior parte dos colaboradores afectados será informada nos próximos 90 dias. Cerca de metade da força laboral está concentrada no país de origem da farmacêutica, Israel.O comunicado não indica que mercados serão abrangidos pelos cortes na companhia que, em Portugal, emprega 115 colaboradores de acordo com o site da empresa. O Negócios contactou a Teva em Portugal para saber qual poderá ser o impacto do plano de reestruturação no país mas, até ao momento, não foi possível obter informação junto do escritório em Porto Salvo.A farmacêutica israelita espera reduzir custos em 3.000 milhões de dólares (cerca de 2.500 milhões de euros à cotação actual) até ao fim de 2019, o que compara com 16.100 milhões de dólares de custos registados este ano. Esta redução será alcançada com a simplificação interna de estruturas, optimização do portefólio de medicamentos genéricos, encerramento de instalações e também com a venda de activos.A reestruturação deverá custar pelo menos 700 milhões de dólares (590 milhões de euros), "principalmente relacionados com custos de indemnização, potenciais custos acrescidos após decisões de encerramento ou desinvestimento em fábricas, instalações de investigação e desenvolvimento, sede e outros escritórios".Segundo o Financial Times, a Teva está a braços com 35 mil milhões de dólares em dívida, grande parte relacionada com a compra do negócio de genéricos da Allergan, aquisição realizada antes da descida no mercado do preço destes medicamentos. Em Novembro a agência de notação Fitch cortou o rating da empresa para "lixo", justificando com o "stress operacional numa altura em que [a empresa] precisa de reduzir dívida."As acções da Teva fecharam a sessão de ontem a recuar 4,96% para 15,70 dólares. Negoceiam em período antes da abertura de mercado a disparar 16,31%.A empresa está em Portugal desde 2004. Em 2010 e 2011 adquiriu a ratiopharm e a Cephalon/Mepha. No ano passado vendeu mais de 100 milhões de euros em medicamentos genéricos no país, tendo uma quota de 20% em unidades.
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