Numa zona do País onde o Governo não decretou requisição civil ou militar, vários motoristas com destino à Petrogal de Matosinhos recusaram fazer serviços mínimos, mas pelas 10h00 vários camiões entraram na empresa sob escolta policial, entretanto desmobilizada.
Vários camiões entraram esta quarta-feira pelas 10h00 sob escolta policial na refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira, Matosinhos, mas o sindicato assegura que o "boicote" aosserviços mínimosé para continuar.
"O boicote não terminou. Osmotoristasque estavam em greve continuam em greve. A maior parte dos motoristas que entraram [na refinaria] não estavam aqui [no piquete de greve], mas foram pressionados para vir trabalhar", disse Manuel Mendes, coordenador do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), em declarações aos jornalistas no local.
Numa zona do País onde o Governo não decretourequisição civilou militar, vários motoristas com destino à Petrogal de Matosinhos, distrito do Porto, recusaram hoje fazer serviços mínimos, mas pelas 10h00 vários camiões entraram na empresa sob escolta policial, entretanto desmobilizada, constatou a Lusa no local.
À porta da refinaria, o movimento de camiões entretanto abrandou pelas 10:40, mas é elevado o número de motoristas concentrado no exterior, uma zona descampada onde alguns profissionais estão a fazer churrasco e têm tendas montadas.
Pelas 09:00, o coordenador sindical disse à Lusa que "ninguém" estava "a carregar ou a descarregar" combustível na refinaria da Petrogal de Matosinhos e que os motoristas destacadas para os serviços mínimos pararam.
Os motoristas de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o terceiro dia de umagrevepor tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.
Portugal está, desde sábado e até às 23:59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta paralisação, o que permitiu a constituição de uma Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.
A greve foi convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
Para o coordenador sindical Manuel Mendes, a entrada de camiões sob escolta policial na refinaria de Matosinhos é "mais um atentado à democracia" por parte "da empresa Paulo Duarte, que mais uma vez fura a greve mas não para servir os portugueses".
"Eles não furaram o boicote para abastecer bombas de combustível. Eles não vêm para abastecer bombas, nem para serviços mínimos. Estão aqui para carregar asfaltos e fuel, que não é serviços mínimos", afirmou Manuel Mendes.
O porta-voz do SNMMP anunciou hoje que os trabalhadores não vão cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade com os funcionários notificados por não terem trabalhado na terça-feira.
Pardal Henriques falava em Aveiras de Cima, Lisboa, notando que "ninguém vai cumprir nem serviços mínimos nem requisição civil".
"Não vão fazer absolutamente nada", sublinhou o também assessor jurídico SNMMP.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, disse na terça-feira que 14 trabalhadores não cumpriram a requisição civil decretada pelo Governo na greve dos motoristas.
"Foi-nos comunicado [pelas empresas] o não cumprimento da requisição civil por parte de 14 trabalhadores", disse o ministro do Ambiente em conferência de imprensa de balanço do segundo dia da greve dos motoristas.
O ministro informou também que a 11 desses trabalhadores "já foi feita a devida notificação", referindo que primeiro é feita a "notificação do incumprimento e depois é que há a notificação de estarem a cometer um crime de desobediência".
Motoristas: Camiões sob escolta em Matosinhos e "boicote" a serviços mínimos
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