O sistema desenvolvido propõe a utilização de "um sistema inteligente baseado em fibra ótica" para o isolamento, identificação e distinção de células cancerígenas.
Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, desenvolveram um sistema que, ao recorrer a fibra ótica, permite detetar, isolar e distinguir células cancerígenas, foi hoje anunciado.
Em comunicado, o INESC TEC refere que o artigo, publicado na Scientific Reports, propõe a utilização de "um sistema inteligente baseado em fibra ótica", intitulado iLoF para o isolamento, identificação e distinção de células cancerígenas.
O sistema iLoF, desenvolvido por dois centros de investigação e uma 'spin-off' do instituto, combina assim algoritmos de inteligência artificial com "sinais de base fotónica", por forma a identificar categorias "únicas" de biomarcadores.
"O sistema iLoF serve de arquivo a 'impressões digitais' de várias doenças e encontra-se a ser desenvolvido com o objetivo de permitir, num futuro próximo, testes rápidos e pouco invasivos em doenças como o Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral, Parkinson ou cancro", refere o instituto do Porto.
De acordo com o INESC TEC, neste artigo, a equipa de investigadores conseguiu mostrar, com uma precisão "acima de 90%", que o sistema é "capaz de discriminar dois modelos de células cancerígenas humanas" com o mesmo fundo genético, mas com um perfil de glicosilação (reação química onde um carboidrato é adicionado a outra molécula, chamada de recetora) diferente.
Citada no comunicado, Joana Paiva, uma das autoras do artigo, adianta que, atualmente, a deteção destas alterações é feita através de "ensaios dispendiosos, morosos e complexos, que recorrem a técnicas que requerem infraestruturas laboratoriais avançadas".
"Este trabalho que publicamos mostra que o sistema iLoF é capaz de identificar as células com perfil de glicosilação cancerígeno distinto com uma precisão acima de 90% através de um método simples que pode ser utilizado, futuramente, em qualquer local", refere.
O instituto do Porto avança ainda que, face à necessidade de se desenvolverem dispositivos "cada vez mais pequenos e inteligentes", a equipa de investigadores prevê incorporar o sistema num "dispositivo fácil de manusear para a identificação do cancro".
"Este dispositivo permitiria uma seleção das células vivas circulantes capturadas de acordo com as suas características biológicas. Além disso, o sistema pode constituir um avanço significativo em futuras metodologias de deteção de cancro e outras doenças com base no rastreamento rápido de células individualizadas", conclui Joana Paiva, atual diretora de tecnologia da 'spin-off' iLoF -- intelligent Lab on Fiber, nascida no INESC TEC.
Equipa do Porto desenvolve sistema que deteta e distingue células cancerígenas
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