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Covid-19: Quase metade das mortes em Londres numa semana atribuídas à pandemia

14 de abril de 2020 às 12:06
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Dados revelados pelo Instituto de Estatísticas Nacionais britânico (ONS) confirmam uma taxa de mortalidade superior à oficial. Números do Ministério da Saúde britânico referem-se apenas às mortes de pacientes nos hospitais, pois são os únicos atualmente diagnosticados. 

Quase metade das mortes registadas em Londres na semana até 3 de abril foi atribuída à pandemia covid-19, revelou, esta terça-feira, o Instituto de Estatísticas Nacionais britânico (ONS), que confirmou uma taxa de mortalidade superior à oficial. 

De acordo com os dados publicados hoje pelo ONS, 1.170 mortes das 2.511 registadas naquele período na região de Londres foram relacionadas com o novo coronavírus, mais do dobro das registadas nas regiões de West Midlands (400) ou Noroeste (418) de Inglaterra. 

O ONS confirmou também que a taxa de mortalidade provocada pela covid-19 até 03 de abril foi cerca de 50% superior aos números inicialmente publicados pelo ministério de Saúde para Inglaterra e País de Gales, que foram atualizados posteriormente.

Segundo o balanço oficial diário do governo, até 03 de abril tinham morrido 4.093 pessoas naquelas duas regiões, embora estes números tenham sido posteriormente atualizados com óbitos registados mais tarde pela direção de saúde de Inglaterra, elevando o total para 5.340. 

"Os dados comparáveis mais recentes de mortes envolvendo a covid-19 com data de óbito até 3 de abril mostram que houve 6.235 mortes em Inglaterra e no País de Gales. Ao analisar os dados de Inglaterra, são 15% mais elevados que os números do NHS, pois incluem todas as menções à covid-19 nas certidões de óbito, incluindo suspeitas de covid-19, bem como mortes na comunidade", vincou Nick Stripe, chefe de análises sobre saúde e factos da vida.

Os dados publicados diariamente pelo ministério da Saúde britânico, com base nos números das direções regionais da Escócia, Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, referem-se apenas às mortes de pacientes nos hospitais, pois são os únicos atualmente diagnosticados. 

Os números do ONS permitem ter uma perspetiva do número global de mortes de pessoas com covid-19, incluindo as que morreram fora dos hospitais, como por exemplo em casa, onde os infetados poderiam estar em isolamento por terem sintomas, ou em casas de repouso. 

Na segunda-feira, o Diretor Geral de Saúde de Inglaterra, Chris Witty, disse na conferência de imprensa diária que só 13,5% das casas de repouso [care homes] britânicas, que podem incluir lares de idosos ou residências para pessoas com necessidade de cuidados continuados, tinham registado casos de covid-19. 

Porém, hoje, o diretor-executivo do grupo de lares HC1, David Behan, disse hoje à BBC terem sido registados 2.447 casos suspeitos ou confirmados de covid-19 em 232 unidades, equivalentes a 66% dos lares que o grupo gere, e que 311 utentes e um trabalhador morreram, sugerindo um impacto elevado. 

Um estudo universitário publicado pela universidade London School of Economics com dados sobre Espanha, Itália, Irlanda, França e Bélgica divulgado na segunda-feira referia que entre 42% e 57% das mortes de pessoas infetadas poderá estar a acontecer em lares. 

Na atualização dos dados feita na segunda-feira, o ministério da Saúde britânico registou 11.329 mortes resultantes de infeções com covid-19 e um total de 88.621 pessoas infetadas, números que se referem apenas a pessoas hospitalizadas. 

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