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Vítor Constâncio só teve conhecimento dos problemas em 2014

24 de março de 2015 às 15:12
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Antigo Governador do Banco de Portugal afirma nunca ter recebido informações que pudessem pôr em causa a solidez financeira do BES

O antigo governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio disse esta terça-feira, numa carta, que enquanto exerceu o cargo, entre 2000 e 2010, não recebeu informações sobre eventuais perigos da solidez financeira do Banco Espírito Santo (BES).

 

"Durante o período em que exerci essas funções nunca recebi, quer dos serviços, quer do vice-governador responsável pelos assuntos de supervisão bancária, informações que pudessem pôr em causa a solidez financeira do BES ou o respectivo cumprimento dos rácios prudenciais que constituem aspecto fundamental da supervisão bancária", declarou Constâncio.

 

As palavras do actual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) surgem em carta endereçada à comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), com Constâncio a responder na missiva — a que a agência Lusa teve acesso — a várias perguntas enviadas por escrito pelos vários partidos.

 

O responsável alerta, contudo, que o BCE, "enquanto instituição europeia, responde apenas perante o Parlamento Europeu", mas respondeu a questões em torno do período em que foi governador do BdP.

 

Vítor Constâncio diz que entre 2000 e 2010 nunca foi contactado por membros do Conselho Superior do GES sobre dúvidas nas contas do grupo ou de alguma das suas holdings, e frisa só ter tido conhecimento dos problemas no BES quando estes foram tornados públicos. "Tomei conhecimento dos problemas do BES que conduziram à sua resolução quando o assunto se tornou público em 2014", declara.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.