Aliados da Ucrânia comprometeram-se a fornecer "entre 120 e 140" tanques, de fabrico ocidental, de vários países, sedo que Portugal vai ceder tanques Leopard 2.
O chanceler alemão afirmou este domingo, em entrevista, existir "um consenso" com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de que as armas fornecidas pelo Ocidente não devem ser utilizadas para ataques em território russo.
REUTERS/Radovan Stoklasa/File Photo
"Há um consenso sobre este ponto", afirmou Olaf Scholz ao semanárioBild am Sonntag, sobre a decisão dos aliados da Ucrânia de fornecer tanques e foguetes de longo alcance.
Na quinta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que "os tanques alemães estão a ameaçar novamente" a Rússia, estabelecendo um paralelo entre a operação militar russa na Ucrânia e a guerra contra as forças nazis, no 80.º aniversário da vitória soviética sobre os exércitos de Hitler em Estalinegrado.
"As palavras [de Putin] fazem parte de uma série de comparações históricas absurdas que utiliza para justificar o ataque à Ucrânia", comentou Olaf Scholz, aoBild. "Mas não há justificação para esta guerra", salientou o líder alemão.
"Juntamente com os nossos aliados, estamos a fornecer tanques à Ucrânia para que este país se possa defender. Pesámos cuidadosamente cada entrega de armas, em estreita coordenação com os nossos aliados, a começar pela América. Esta abordagem conjunta torna possível evitar uma escalada da guerra", afirmou.
Os aliados da Ucrânia comprometeram-se a fornecer "entre 120 e 140" tanques, de fabrico ocidental, de vários países. A Alemanha vai vai entregar 14 tanques Leopard 2. Portugal vai ceder às Forças Armadas ucranianas tanques Leopard 2, anunciou o primeiro-ministro, António Costa, sem adiantar quantos.
"Estamos neste momento a trabalhar para podermos ter condições de dispensar alguns dos nossos tanques. Sei quantos tanques serão [enviados para a Ucrânia], mas isso será anunciado no momento próprio", disse.
Além dos tanques, a Ucrânia vai também receber foguetes GLSDB (Ground Launched Small Diameter Bomb), que poderiam quase duplicar o alcance da força de ataque ucraniana, anunciou o Pentágono, na sexta-feira.
Estes mísseis podem atingir um alvo a 150 quilómetros de distância, ameaçando assim as posições russas atrás das linhas da frente.
Questionado peloBildsobre possíveis ameaças de Putin, Olaf Scholz afirmou que, durante as conversas telefónicas mantidas com o Presidente russo desde o início do conflito, a 24 de fevereiro de 2022, Putin não fez ameaças diretas ao líder alemão ou à Alemanha.
O antigo primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou, num documentário, ter sido ameaçado pelo Presidente russo, que mencionou o lançamento de míssil. O Kremlin negou as alegações.
A invasão russa, justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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