O Estado da Nação
AD e Chega cumprem uma espécie de ritual de acasalamento político, e a enorme maioria de direita no parlamento, como aqui se previu em tempo, vai ganhando forma e conteúdo como suporte da governação.
AD e Chega cumprem uma espécie de ritual de acasalamento político, e a enorme maioria de direita no parlamento, como aqui se previu em tempo, vai ganhando forma e conteúdo como suporte da governação.
Pouco mais de um ano depois de ter tomado posse, Luís Montenegro voltou esta quinta-feira a encabeçar uma cerimónia com muitas caras repetidas que vão fazer parte de um "Governo de continuidade". A principal novidade é o Ministério da Reforma do Estado. Esta sexta-feira tomam posse os secretários de Estado.
O primeiro-ministro defendeu que a estabilidade política, nomeadamente entre a Assembleia da República e o Governo, "assegura-se muito da relação de confiança".
O cenário mais provável nesta altura volátil, a ida para eleições, reabre e amplia a incerteza vivida na ida às urnas há exatamente um ano. À incógnita sobre a reação do eleitorado às terceiras eleições em três anos somam-se as pontes ainda mais queimadas entre os partidos, sobretudo os do centro. Risco para a governabilidade é alto.
No passando, fechar acordos envolveu convívios em casa de Costa, telefonemas entre Marcelo e Guterres e refeições no Tivoli com Manuel Monteiro. E alguma discrição.
Para que a paródia fosse completa, só faltava dizerem que Hassan Nasrallah também pôs os comboios do Líbano a circular a horas. Não é a primeira vez. Sempre que Israel ou os EUA eliminam um afamado terrorista, entra em cena uma estranha canonização da criatura.
O Presidente da República já assumiu estar a tentar influenciar as negociações do OE, mas José Filipe Pinto diz que está a ir ainda mais longe do que isso.
Sem maioria absoluta de nenhum dos blocos políticos, Macron terá de decidir quem nomear como primeiro-ministro, contando entre os candidatos com Mélenchon e Hollande. Certo é que a vitória da extrema-direita acabou por não acontecer e que a extrema-esquerda se fortaleceu no parlamento.
Um estava no Semanário, outro era um primeiro-ministro tão minoritário – “uma insuficiência terrível” – como o de 2024. O Presidente releu o texto e diz que a situação é “muito diferente” da de hoje.
O Governo Montenegro começou a caminhar num meio onde pragmatismo, negociação, concertação e diálogo, com ou sem ajuda de Belém, podem não chegar. Talvez tenha de se agarrar a um velho estribilho do Maio de 68: “Sejamos Realistas. Peçamos o impossível!”
À saída da audiência com o Presidente da República, Luís Montenegro não respondeu diretamente às perguntas da comunicação social sobre a possibilidade de a IL integrar também o executivo ou sobre a eventual apresentação de um Orçamento Retificativo.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 4, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.
Isto era os professores poderem bater outra vez nos alunos, porem os putos que fazem porcaria a tratar da papelada e mudar-se o nome de ministério da Educação para ministério do Ensino, porque educar é só em casa! Eis a conversa de tasca do Chega.
Secretário-geral do PS desfez tabu sobre viabilização de um executivo com maioria relativa da Aliança Democrática.
Representante da República dos Açores, fará uma declaração aos jornalistas, no Solar da Madre de Deus, na ilha Terceira, por volta das 17 horas, onde deverá indigitar o próximo presidente do Governo Regional.
O representante da República no arquipélago vai ouvir na próxima semana os oito partidos com assento parlamentar, para depois convidar o partido ou partidos mais votados, ou aqueles que possam garantir estabilidade parlamentar, a formar governo.