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Líder do Chega tinha apontado a "dezenas" de autarquias, mas só conseguiu três e ficou atrás de PCP e CDS. Nunca se viu tão pouca festa em noites eleitorais do Chega.
Nem parecia o mesmo
partido. Desde as presidenciais de 2021, a sala de conferência Nova
Iorque do Hotel Marriott, em Lisboa, tem servido de quartel-general
do Chega em noites eleitorais. Em todas elas, bandeiras esvoaçam e
berros e cânticos, ora de glória (e culto de personalidade de André
Ventura), ora de humilhação aos derrotados. E o tom tem vindo a ser
em crescendo: 7,28% em 2022, 18,07% em 2024, 22,76% em 2025. Na
última eleição, que colocou o partido de direita radical como
segunda força parlamentar, acima do PS, o que se ouviu foi:
“‘Ventura chegou, o sistema abalou… Ó Pedro vai para casa
chorar, o Ventura chegou para ficar’.” Hoje, o Chega ficou atrás
da CDU, que se mantém a terceira força autárquica, e CDS-PP, que
ganhou seis câmaras – e não se ouviram cânticos, nem quase se
agitaram bandeiras.
André Ventura reconhece resultado aquém nas autárquicas, mas mira presidenciaisJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
"O bipartidarismo ressuscitou
(mas por muito pouco tempo)", afirmou André Ventura, o
presidente do Chega, no seu discurso autárquico, uma noite que ele
apelida como “boa”. E foi assim que começou o discurso ,
enumerando os aspetos positivos deste resultado: "O Chega mais
que quadruplica o resultado das eleições autárquicas”; “O
Chega venceu também hoje as suas primeiras câmaras municipais na
história do partido”; “O Chega será força fundamental para
desbloquear gestão autárquica".
Contudo, quando
parecia que estava a proclamar vitória, Ventura troca de semblante o
rosto vira soturno, o que era vitória soa a derrota. “Não sou o
PCP que ganha sempre”, avisou. O líder do Chega tinha apontado
inicialmente para a conquista de 30 autarquias, “metade dos
concelhos ganhos nas eleições legislativas”, mas ao longo da
corrida foi corrigindo para “dezenas”. Acabou por eleger três
presidentes de câmara: São Vicente (Madeira), Entroncamento
(Santarém) e Albufeira (Faro). "Hoje tivemos uma boa noite
política, mas queríamos mais"; "O Chega não atingiu por
isso todos os seus objetivos"; “Esta não era a vitória, nem
a amplitude da vitória que queríamos.”
A “meia derrota”,
expressão que Ventura acabaria por usar mais tarde ao visitar o
Entroncamento, uma das três autarquias vencidas pelo Chega este
domingo, vive destes dois factos: por um lado, o Chega, que nunca
tinha vencido qualquer autarquia, conquistou pela primeira vez três
municípios; por outro, esperava uma transposição maior do
resultado das legislativas e mais autarquias. E algumas câmaras estiveram perto de virar para o Chega: a conquista de Sesimbra esteve por 147 votos e o Montijo por 631, por exemplo.
O País ainda está pintado a laranja e vermelho, o bipartidarismo deu sinais de vida no poder local. Ventura empurra as responsabilidades deste "resultado aquém", como o próprio descreveu, para "as armadilhas do sistema" e, já de olho na próxima, pede vingança nas presidenciais, onde pede "o enterro final do bipartidarismo".
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