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Schieder Da SilvaHá 3 semanas
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Deputados, ministros, e até o primeiro-ministro António Costa foram seus alunos. Marcelo levava-os a jantar ao David da Buraca, imitava colegas professores, contava piadas sobre "para-génios" e "manteigueiros" e até os levava a visitar o Palácio de Belém, que agora ocupa
Nunca houve um Presidente assim: que tenha dado aulas a gente que depois foi encontrar no parlamento ou no governo. Até António Costa foi seu aluno. E foi um professor que ninguém esquece. Há aulas de que ninguém se lembra. E depois há as aulas do professor Marcelo, e dessas ninguém se esquece.
Sérgio Sousa Pinto, deputado do PS, que teve Marcelo Rebelo de Sousa como professor no início da década de 90, nunca mais esqueceu os três caderninhos em branco em cima da secretária, no anfiteatro 1, naquela primeira aula. Marcelo intima: "Os dez primeiros a entrarem no primeiro ano vêm aqui assinar no primeiro caderno." Os dez primeiros da lista de acesso ao curso lá vão. Os seguintes, até ao vigésimo, assinam n segundo caderno. À terceira leva, até ao trigésimo, cabe o terceiro caderno. Depois de so 30 terem regressado aos seus lugares, o professor enumera: "Ora bem, temos aqui os génios, os subgénios, os para-génios".
A primeira aula a que José Eduardo Martins, do PSD, assistiu, foi diferente, mas igualmente marcante. "Alguém tem um código Civil?", lança o professor Marcelo. Umas centenas de bocas em silêncio, em temor reverencial. Mas alguém - há sempre alguém - na fila da frente estica o volume. Marcelo pega-lhe, volta ao estrado, e enuncia com descontracção: "Não há nada como estes alunos manteigueiros que se sentam na primeira fila e trazem logo os códigos todos." Risada geral no auditório.
Estas e outras graças, e as muitas excentricidades - que metiam jantares, projectores para debates presidenciais e conversas de corredor - numa faculdade cinzenta, fizeram de Marcelo um professor superstar que tinha sempre o anfiteatro cheio. A SÁBADO traz-lhe na edição n.º 674, esta quinta-feira nas bancas, estas e muitas outras histórias dos tempos de professor de Marcelo Rebelo de Sousa, e contadas por quem hoje partilha com ele o palco político. Até lhe contamos a aposta que António Costa fez na altura sobre a nota que teria com ele.
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