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JSD de Lisboa acusa Câmara de falhar salvaguarda da segurança nas escolas

Jovens sociais-democratas acusaram a CML de falhar a salvaguarda da segurança dos alunos nas escolas e jardins-de-infância tuteladas pelo município, devido a atrasos na implementação das medidas de autoproteção.

A JSD acusou esta quinta-feira a Câmara de Lisboa de falhar a salvaguarda da segurança dos alunos nas escolas e jardins-de-infância tuteladas pelo município, devido a atrasos na implementação das medidas de autoproteção.

"A JSD Lisboa denuncia esta falha do executivo na missão de salvaguardar a segurança das crianças que se encontram à sua responsabilidade em estabelecimentos de ensino público", acusaram os jovens sociais-democratas.

O vereador da Educação e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), disse na semana passada numa audição conjunta das comissões de Educação e de Segurança na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), que o processo está a ser "mais moroso do que anteriormente previsto", uma vez que a empresa responsável pelos planos se deparou com a falta de elementos necessários à sua concretização.

O vereador avançou que, das 24 escolas, as medidas de autoproteção de cinco estabelecimentos já foram remetidas para a Autoridade Nacional de Proteção Civil para serem aprovadas e outras três estão em fase de envio, tendo sido desenhado um programa de segurança provisório no sentido de "obviar estes atrasos que não estavam previstos".

"O executivo camarário não cumpriu com a calendarização, numa clara violação do compromisso assumido perante a Assembleia Municipal de Lisboa, o que objetivamente implica que centenas de crianças se mantenham em situação de risco", acusa a JSD de Lisboa.

Em setembro, Manuel Grilo previa que "provavelmente" este ano todas as escolas do concelho pudessem ter as medidas de autoproteção definidas, algo que considerou hoje ser "difícil".

Em junho, o antecessor de Manuel Grilo à frente dos pelouros da Educação e Direitos Sociais na Câmara de Lisboa, Ricardo Robles (também BE), afirmou que 88 das 90 escolas de 1.º ciclo e jardins-de-infância que estão sob responsabilidade da autarquia não têm definidas as medidas e procedimentos a adotar em caso de emergência.

Apenas a escola do Convento do Desagravo e a escola básica Leão de Arroios contam com estas medidas aprovadas.

Na altura, a câmara previu que, numa primeira fase, fossem lançados procedimentos para 24 escolas e que, até ao final do ano, 51 estabelecimentos já deveriam ter os processos em curso.

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