Sábado – Pense por si

Filipe Duarte Santos: “Deitar na sanita a água que bebemos é um luxo”

Sónia Bento
Sónia Bento 17 de dezembro de 2017 às 15:00

Já apontado como o maior especialista no estudo das alterações climáticas, o professor e investigador, de 75 anos, dirige, há nove, um programa de doutoramento sobre o tema, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A contaminação da água que bebemos e a fauna e a flora que desapareceram são alguns dos impactos dos incêndios que queimaram mais de 500 mil hectares em Portugal. "Embora a Natureza tenha uma resiliência enorme, o estrago é brutal", afirma Filipe Duarte Santos. O professor – que é presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável – acrescenta que sofremos uma mudança climática que está a tornar o Sul da Europa e o Norte de África em zonas mais quentes e mais secas. A falta de chuva é outra realidade e é importante ter consciência de que a água é um recurso cada vez mais escasso. "Se esta seca fosse na Idade Média, o País atravessava um período de fome generalizada", assegurou o especialista, que recebeu a SÁBADO no seu gabinete na Faculdade de Ciências de Lisboa, numa tarde quente de Outono.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

O centro, esse buraco negro

O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.

O sono da razão

A coisa aqui está Preto

Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.