Testemunhas da explosão do prédio número 41 e 42 da rua de Santa Marta, em Lisboa, descrevem horas de "aflição" e "cenário de estado de guerra" encontrado no local com janelas partidas, destroços espalhados e pessoas a "pedir socorro".
Testemunhas da explosão que ocorreu hoje no prédio habitacional na rua de Santa Marta, em Lisboa, descrevem horas de "aflição" e "cenário de estado de guerra" encontrado no local com janelas partidas, destroços espalhados e pessoas a "pedir socorro".
Maria José Figueiredo, moradora na Travessa do Enviado da Inglaterra, nas traseiras do edifício habitacional, estava a dormir quando ocorreu a explosão e saiu tal como estava, com o seu robe branco.
"Estava a dormir, a cama saltou, viemos para a rua conforme estávamos, numa aflição, pensei que fosse um terramoto", descreveu à Lusa a moradora e também proprietária há 30 anos da Marisqueira de Santa Marta.
Como ela, também outros vizinhos saíram das suas casas com a explosão e vieram para a rua.
Na Travessa do Enviado da Inglaterra vive também o filho de Maria José Figueiredo, cuja casa está "num estado de guerra", descreveu, acrescentando que no seu terraço estão "detritos do prédio, janelas inteiras e pedaços de telhas".
Quando se deslocou à marisqueira, Maria José Figueiredo encontrou a grade aberta e fechadura rebentada, e por sorte, os vidros não partiram.
"A grade abriu-se sozinha e a fechadura estava rebentada", disse, esperando, no entanto, poder abrir o seu estabelecimento já na segunda-feira.
À semelhança de Maria José Figueiredo, José Cruz, funcionário da pastelaria Fórum, paredes meias com o prédio que ardeu, encontrava-se na fábrica da pastelaria quando ocorreu a explosão.
"De repente, ouvi um estrondo. Estava na parte da fábrica da pastelaria e vi do lado direito, cair o teto. Fiquei muito assustado, olhei para a parte do serviço de balcão e estava tudo estilhaçado e com os vidros partidos", contou à Lusa.
Ao dirigir-se à porta da pastelaria, José Cruz viu o prédio "a abater" e cá fora "quatro ou cinco pessoas a pedir socorro".
"Vi uma pessoa a pedir socorro soterrada", disse o funcionário, cujo carro ficou completamente destruído pois estava parado mesmo em frente ao prédio.
José Pontes, senhorio de um hostel num dos prédios daquela rua afirmou à Lusa que vai ser feita uma avaliação ao espaço para averiguar os danos causados.
No hostel, que devido à pandemia foi reconvertido em habitação, estavam algumas pessoas que já foram realojadas no quartel dos bombeiros.
Segundo vereador da Proteção Civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, foram retiradas 47 pessoas dos edifícios contíguos, que serão avaliados durante esta tarde, para perceber se há condições para os moradores regressarem.
Neste momento, a rua de Santa Marta encontra-se encerrada e, pelas 11:50, dois camiões da Câmara Municipal de Lisboa chegaram ao local para recolher o entulho, sendo que, por vezes, ainda se ouvem alguns destroços do prédio a ruir.
À Lusa, fonte dos bombeiros confirmou que no local estão 50 operacionais, apoiados por 22 viaturas e dois binómios.
Foram pedidos reforços de binómios da PSP.
No local encontram-se mais de 80 operacionais, desde membros de forças de segurança, bombeiros e técnicos municipais de engenharia civil.
O alerta para a explosão, seguida de incêndio, de um prédio de habitação na rua de Santa Marta, foi dado às 07:48, segundo os bombeiros.
A parte da frente do edifício ruiu e várias projeções atingiram o Hospital de Santa Marta, disse o vereador.
A explosão atingiu também viaturas estacionadas naquela rua, que se encontra cortada ao trânsito.
"Estava a dormir, a cama saltou, pensei que fosse um terramoto"
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