Quando Portugal desconfinou para o Natal já a variante do Reino Unido tinha casos de transmissão local no país. A mutação B.1.1.7 da SARS-CoV-2 é mais eficaz na transmissão.
A maior preocupação com a estirpe B.1.1.7 da SARS-CoV-2 (conhecida como mutação do Reino Unido) é de que a mesma é muito mais contagiosa do que as restantes estirpes identificadas (centenas). E um novo estudo diz que a mesma circula em Portugal há mais tempo do que se pensava. Os primeiros casos no Reino Unido foram detetados em setembro. E a mutação chegou a Portugal entre setembro e dezembro, ou seja, antes do Natal.
Bruno Colaço / Correio da Manhã
O estudo vem desmentir as conclusões do Instituto Ricardo Jorge que em janeiro tinha apenas identificado casos desta nova mutação em Portugal a partir do final de dezembro. "A maior parte dos casos que estamos a identificar agora são casos do mês de dezembro", disse o também coordenador do estudo sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal João Paulo Gomes, citado pela Lusa.
"Não sabemos há quanto tempo, porque a maior parte dos casos que estamos a identificar agora são casos do mês de dezembro. Mas, há cerca de seis semanas, em colaboração com o Instituto Gulbenkian Ciência, fizemos uma espécie de rastreio" e "não encontrámos uma única amostra", explicou o investigador naquela ocasião. Mas este estudo publicado pela Global Report Investigating Novel Coronavirus Haplotypes mostra uqe desde pelo menos 8 de dezembro (possivelmente antes) que a nova variante sestá no país.
O Governo português permitiu aos cidadãos que tivessem mais liberdade de ajuntamentos durante o Natal, apelando apenas à consciência pessoal para que não se realizassem grandes ajuntamentos. Dezenas de especialistas afirmam que o Natal foi um fracasso e um dos grandes responsáveis pelo número de novas infeções que se têm vindo a verificar nas últimas semanas. Na verdade, os primeiros casos desta nova variante só foram detetados no país a 29 de dezembro, com a confirmação de 18 casos desta variante da covid-19 na Madeira.
O relatório mostra que, à semelhança da Dinamarca, Portugal é um dos países em que esta variante se instalou há mais tempo, pelo menos antes de 8 de dezembro. No total, a mutação já foi detetada em mais de 50 países.
Este novo relatório sobre a variação B.1.17 foi publicado esta quinta-feira. Em Portugal foram encontradas 73 infetados com esta nova variante da covid-19, de um total de 484 amostras. Entre essas detetou-se que o vírus circula em Portugal há mais tempo do que o Instituto Ricardo Jorge afirmava inicialmente. No Reino Unido já foram sequenciadas mais de 16.782 amostras desta variante mais infecciosa.
O relatório refere ainda que muitos países da União Europeia já apresentam casos de transmissão local desta variante, enquanto na Ásia e no Leste europeu, a maior parte dos casos detetados foram por importação de outros países.
A pandemia de covid-19 provocou mais de dois milhões de mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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