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Ambulâncias fazem fila nas urgências do Santa Maria, em Lisboa

Diogo Barreto
Diogo Barreto 16 de janeiro de 2021 às 11:00
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Situação não é inédita e o hospital reconhece que as últimas semans têm sido de grande pressão sobre os serviços. Santa Maria vai aumentar a capacidade para receber doentes covid-19.

A unidade de urgências covid-19 do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, esteve entupida com ambulâncias durante esta noite devido à afluência de ambulâncias àquela unidade de saúde. Fonte oficial do hospital refere que situação tem sido de grande pressão mas que o hospital continua a dar resposta às necessidades.

Muitas das ambulâncias que aguardaram durante várias horas na noite desta sexta-feira estavam a reencaminhar doentes para o maior hospital da capital e um dos que têm maior capacidade instalada para receber doentes covid-19. "Estes engarrafamentos justificam-se devido à grande pressão que os boletins epidemiológicos da Direção-Geral da Saúde dão conta e também são picos de reencaminhamento do INEM devido a hospitais que não conseguem tratar os doentes que recebem", explica o assessor do Hospital à SÁBADO.

Um dos grandes problemas motivados por esta pressão é que diagnosticar os doentes demora tempo. "É preciso TACs e exames para perceber se estamos a lidar com um doente covid, e isso atrasa o tempo de resposta que podemos dar, mas estamos a conseguir atender todos os doentes que chegam ao nosso hospital", assegura o Santa Maria. "Os doentes são monitorizados pelos nossos profissionais, médicos e enfermeiros, e todos têm uma resposta."

O hospital tem vindo a reforçar a sua capacidade de receber doentes covid-19, tendo aberto vagas para mais camas em enfermaria e na unidade de cuidados intensivos. "Vamos alargar a capacidade para receber doentes covid. A unidade de cuidados intensivos vai ser alargada para conseguir receber 50 doentes - até agora recebíamos 30, nesta unidade - e vamos ainda alocar uma segunda estrutura com capacidade para mais 10 doentes", assegura o assessor, passando o hospital a conseguir ter em simultâneo 60 pacientes em estado grave.

A capacidade de internamento em enfermaria daquele hospital vai também ser alargada. Até ao final desta semana foram acrescentadas 20 camas e na próxima segunda-feira serão mais 20 camas. No total, o hospital vai passar a poder receber 250 pacientes com esta infeção respiratória a partir da próxima semana.

E apesar do aumento de pressão devido à covid-19, o hospital garante que continua a dar resposta aos outros casos graves que chegam ao hospital, sem a necessidade de esperar nas filas. "Temos duas urgências separadas, a "não-covid" e a "covid", que são separadas em termos físicos e até têm entradas diferentes", explica Pedro Marques, acrescentando que as filas só se têm registado na entrada para doentes respiratórios. 

D.R.

"Continuamos a dar resposta e estamos a adaptar resposta às necessidades", assegura o Santa Maria.

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