Segundo a Fenprof existe mesmo um agrupamento da zona de Lisboa onde hoje de manhã ainda faltam colocar 12 professores do 1.º ciclo.
A Fenprof estima que haja cerca de 93 mil alunos sem professores, segundo uma conta feita esta sexta-feira aos pedidos das escolas, alertando que os docentes ainda disponíveis para ocupar as vagas podem não ser os procurados pelas escolas.
Alunos enfrentam falta de professores
“Neste momento, cerca de 93 mil alunos estão afetados e o ano letivo já começou”, afirmou José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof, referindo o caso concreto do 1.º ciclo, com mais de cinco mil crianças ainda sem professores atribuídos.
Existe mesmo um agrupamento da zona de Lisboa onde hoje de manhã ainda faltam colocar 12 professores do 1.º ciclo, acrescentou Francisco Gonçalves, também secretário-geral da Fenprof, durante a conferencia de imprensa realizada hoje.
“Este é um ano letivo que se inicia com mais falta de professores do que no ano anterior”, reafirmou José Feliciano Costa, sublinhando que “há falta de professores, ao contrário do que diz o senhor ministro da Educação”.
O ministro Fernando Alexandre voltou a garantir que há cerca de 20 mil professores profissionalizados não colocados, sendo que a grande maioria vive no norte e as necessidades concentram-se nas zonas de Lisboa, Alentejo e Algarve, situação que levou o governante a relembrar que os docentes que aceitem deslocar-se para o sul do país terão direito a um subsídio que poderá chegar aos 500 euros.
Os números do ministro foram hoje contestados pela Fenprof, que garante que os “20 mil” dizem respeito a candidaturas, havendo professores que apresentaram mais do que uma candidatura: “Na realidade há 14 mil docentes”, sublinhou Francisco Gonçalves, também secretário-geral da Federação Nacional dos Professores.
Além disso, acrescentou Francisco Gonçalves, “pode haver muitos professores de Educação Física disponíveis no norte e as escolas precisam é de professores de Geografia, por exemplo”.
Para a Fenprof, a situação só poderá ser corrigida quando o Governo der "sinais claros” de uma “revisão em alta” do novo estatuto da carreira docente, de forma a tornar a profissão mais atraente.
José Feliciano Costa defendeu que a proposta do Governo deve ir ao encontro das reivindicações da Fenprof, que passam pela valorização dos salários e das carreiras, melhoria dos horários de trabalho e apoio à deslocação e fixação.
“Evidentemente, se este sinal for dado já em setembro, provavelmente recuperávamos muitos daqueles 20 mil professores profissionalizados que abandonaram a carreira nos últimos 20 anos à procura de estabilidade noutras profissões ganhando menos mas com mais estabilidade”, disse, referindo-se ao arranque das reuniões sindicais já anunciadas pela tutela para rever o Estatuto da Carreira Docente.
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