Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
10 de março de 2020 às 09:00

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A análise da tabela de vendas de livros permanece um fio de prumo dos desejos e angústias da comunidade. A última semana assevera que o País continua piegas como um jantar de São Valentim mas, antes da sobremesa, já está neuroticamente preocupado com a morte

A abrir o primeiro dos seus textos de The White Album (1979), uma colecção de ensaios sobre a contracultura californiana, Joan Didion escreveu: "Contamos histórias a nós mesmos para viver." Didion, figura luminosa do New Journalism – quanto mais em trevas mergulhava, mais calor nos oferecia –, talvez hoje sentisse necessidade de comentar os hábitos de leitura dos portugueses (aos 85 anos, feitos em Dezembro, a escritora/repórter está viva e recomenda-se, continuando a enfiar os manuscritos no frigorífico do apartamento nova-iorquino sempre que tem uma crise de inspiração – é o que se chama manter as ideias frescas).

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Bons costumes

Um Nobel de espinhos

Seria bom que Maria Corina – à frente de uma coligação heteróclita que tenta derrubar o regime instaurado por Nicolás Maduro, em 1999, e herdado por Nicolás Maduro em 2013 – tivesse melhor sorte do que outras premiadas com o Nobel da Paz.

Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.