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EUA. Senado rejeita objeção republicana à vitória de Biden no Arizona

07 de janeiro de 2021 às 07:57
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Objeção aos resultados no Arizona - liderada pelos senadores Paul Gosar e Ted Cruz - foi rejeitada por 93-6 na noite de quarta-feira.

O Senado rejeitou com uma maioria esmagadora a objeção de alguns senadores republicanos à vitória do Presidente eleito, Joe Biden, no estado do Arizona.

A objeção aos resultados no Arizona - liderada pelos senadores Paul Gosar e Ted Cruz - foi rejeitada por 93-6 na noite de quarta-feira.

Todos os votos a favor foram republicanos, mas depois da violenta manifestação, do cerco e da invasão do Capitólio, vários senadores do Partido Republicano que planeavam apoiar a objeção inverteram o sentido de voto.

Os republicanos levantaram a objeção com base em falsas alegações do Presidente cessante, Donald Trump, repetidamente rejeitadas nos tribunais e pelos funcionários eleitorais.

Antes, a líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, defendeu que a certificação do Congresso da vitória eleitoral de Joe Biden iria mostrar ao mundo a verdadeira face do país.

"Apesar das ações vergonhosas de hoje, ainda a faremos [a votação], faremos parte de uma história que mostra ao mundo daquilo que a América é feita".

Pelosi, católica romana, observou que na quarta-feira é a festa da Epifania e rezou para que a violência fosse "uma epifania para curar" o país.

As reações ao ataque no Capitólio foram quase imediatas. O ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama considerou que os episódios de violência eram "uma vergonha", mas não "uma surpresa", dado a atitude de Donald Trump e dos republicanos.

O antigo Presidente norte-americano Bill Clinton também denunciou um "ataque sem precedentes" contra as instituições do país "alimentado por mais de quatro anos de política envenenada".

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os violentos protestos ocorridos no Capitólio foram "um ataque sem precedentes à democracia" do país e instou Donald Trump a pôr fim à violência.

Pouco depois, Trump pediu aos seus apoiantes e manifestantes que invadiram o Capitólio para irem "para casa pacificamente", mas repetindo a mensagem de que as eleições presidenciais foram fraudulentas.

O governo português condenou os incidentes, à semelhança da Comissão Europeia, do secretário-geral da NATO e dos governos de vários outros países.

Apoiantes do Presidente cessante dos EUA, Donald Trump, entraram em confronto com as autoridades e invadiram o Capitólio, em Washington, na quarta-feira, enquanto os membros do Congresso estavam reunidos para formalizar a vitória do Presidente eleito, Joe Biden, nas eleições de novembro.

A sessão de ratificação dos votos das eleições presidenciais dos EUA foi interrompida devido aos distúrbios provocados pelos manifestantes pró-Trump no Capitólio, e as autoridades de Washington D.C. decretaram o recolher obrigatório entre as 18:00 e as 06:00 locais (entre as 23:00 e as 11:00 em Lisboa).

O debate no Senado foi retomado pelas 20:00 (01:00 de hoje em Lisboa).

A polícia usou armas de fogo para proteger congressistas e pelo menos uma mulher morreu no interior do Capitólio depois de ter sido baleada, segundo fontes citadas pela agência de notícias Associated Press. A polícia está a investigar o incidente, mas não adiantou as circunstâncias do disparo.

Quatro horas após o início dos incidentes, as autoridades declararam que o edifício do Capitólio estava em segurança.

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres