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Schieder Da SilvaHá 1 semana
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A auditora KPMG alertou para os capitais próprios negativos de quase 108 milhões de euros do Grupo Montepio Geral Associação Mutualista - administração responde hoje em conferência de imprensa na sede em Lisboa
A auditoria KPMG conferiu que o Grupo Montepio Geral Associação Mutualista, detentor a Caixa Económica Montepio Geral, fechou 2015 em falência técnica, registando mais passivos do que activos. Nas palavras do jornal Público, que avança a notícia, a auditoria feita à associação revela "um buraco" de 107,529 milhões de euros. Revelações a que a administração irá reagir hoje, em conferência de imprensa, na sede em Lisboa.
A associação, que ainda não tinha entregado as contas consolidadas relativas a 2015, entregou apenas na semana passada relatórios e contas do grupo aos 23 membros do Conselho Geral da Associação Mutualista Montepio Geral, liderado por António Tomás Correia. As contas consolidadas de 2015, que teve mais passivos que activos, suscitam preocupação, tendo ainda prejuízos superiores a 251 milhões.
Aos olhos da KPMG, avança o Público, a situação crítica da associação obriga a medidas urgentes como injecção de capital ou venda de activos. Segundo o Negócios, a associação pretende reforçar a solidez da Caixa Económica, alienando as carteiras de crédito malparado e de imóveis, retirando operações em África (Finibanco Angola e o Banco Terra) e passar o banco para sociedade anónima. Caso contrário, apura o Negócios, a dona da Caixa Económica Montepio Geral terá de realizar uma injecção de 150 milhões de euros.
Esta não é a primeira vez que ouvimos da turbulência no Montepio. No passado Sábado, o Banco de Portugal elaborou um "arrasador" relatório para a situação da instituição financeira, com "um perfil de risco de nível elevado", exposições estratégicas que "não garantem uma gestão sólida" e uma "consistente degradação da qualidade da carteira dos clientes". Contudo, no que toca à situação em 2016, o presidente da Caixa Económica Montepio Geral, José Félix Morgado, garante que "a situação reportada não reflecte o quadro actual".
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