Sábado – Pense por si

O emotivo adeus de Totti à Roma

"Tenho medo. Desta vez sou eu que preciso do vosso apoio", disse o eterno capitão aos adeptos

O histórico capitão da Roma, Francesco Totti, que disputou este domingo o último jogo com a camisola do clube da capital, admitiu ter medo e pediu aos adeptos romanos que o apoiem neste período difícil que o espera.

Totti, de 40 anos, entrou aos 54 minutos para o lugar do egípcio Mohamed Sallah, na sua derradeira partida frente ao Génova, que a equipa romana venceu por 3-2, com um golo Diego Perotti no último minuto, para assegurar o segundo lugar e o acesso direto à Champions, em detrimento do Nápoles.

A sua entrada em campo pela última vez fez perpassar uma forte emoção por todo o Estádio Olímpico, agradecido ao seu ídolo, que disputou 786 jogos com a camisola da Roma, tendo marcado 307 golos. "Tenho medo. Desta vez sou eu que preciso do vosso apoio. O apoio que sempre me deram. Queria mais 25 anos. Ser 'capitão' desta equipa foi uma honra, o meu coração estará sempre convosco", declarou Francesco Totti, visivelmente emocionado pela sua despedida dos relvados, pelo menos italianos.

O capitão romano foi recebido antes do jogo com milhares de bandeiras com o número 10 e por uma faixa gigantesca onde se podia ler "Totti é a Roma".

No final da partida com o Génova, Pupone, como é conhecido em Roma, voltou ao relvado acompanhado pela família e recebeu uma camisola número 10 da mão do presidente do clube, o norte-americano James Pallotta.

Quando entrou no relvado, foi notória a emoção que se apossou dos outros dois capitães (Daniele De Rossi e Alessandro Florenzi), ambos nascidos e criados na capital italiana, que não conseguiam notoriamente olhar Totti nos olhos.

O capitão da Roma não conseguiu conter as lágrimas e passeou durante mais de 45 minutos pela pista olímpica que rodeia o relvado, saudando os adeptos. O último presente de Totti aos adeptos foi uma bola autografada, na qual escreveu "vou sentir a vossa falta", e que lançou para as bancadas do Olímpico.

Finalmente, o ídolo romano caminhou até ao círculo central do campo, tirou a braçadeira de capitão e entregou-a a uma criança das escolas do clube, fazendo um gesto em que dá a entender aos adeptos que têm de olhar para a frente.

Urbanista

A repressão nunca é sustentável

Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.