O Japão é o país com maior número de centenários no mundo, aproximadamente 66 000 pessoas, um valor que nos faz levantar certas questões no que toca aos hábitos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os japoneses apresentam uma elevada esperança de vida e ainda em 2015 um japonês de 105 anos atingiu o recorde mundial de 100 metros em atletismo, ficando conhecido por "Golden Bolt", em referência a Usain Bolt, esse o homem mais rápido do Mundo.
Tendo em conta um artigo publicado pelo jornal espanhol, La Vanguardia, explicamos o que importa comer para uma vida equilibrada segundo Junko Takahashi, jornalista e autora do livro "O método japonês para viver cem anos".
Comer pouco
O principal segredo para viver longos anos, de forma saudável é não comer em demasia. Esta máxima é confirmada pelos velhos ditados populares que os nossos ancestrais tanto preservaram. De acordo com dados de 2012, o Instituto Nacional de Estatística aponta que Portugal consome em média cerca de 3789 calorias diárias, já o Japão apresenta o valor de 2719, segundo dados da FAOTAST (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
O velho hábito de comer até ficar cheio é um erro que condiciona e que prejudica o físico e o ser ou não saudável. Assim, o Observatório Nacional da Atividade Física e do Desporto alerta que "Saltar refeições pode levar a ficar com muita fome e a perder o controlo do apetite, o que resulta a maior parte das vezes em comer demais", por isso comer com regularidade e em variedade é a chave para um um bom equilíbrio do corpo.
Carboidratos e Peixe
O sushi a especialidade mais consumida pelos japoneses contribui para a longevidade dos nipónicos. Junko Takahashi afirma na sua obra que por ano cada pessoa consome 53,68kg de peixe, um número que "ultrapassa em dobro os Estados Unidos da América".
Portugal prima pelo facto de, segundo a FAO, apresentar em média anualmente 55,6 Kg per capita. O que coloca os portugueses no terceiro lugar da tabela, atrás dos irlandeses e dos japoneses.
Em comparação com os americanos (45%), os japoneses consomem muito mais Carboidratos (58,4%). Os alimentos que sejam ricos nesse nutriente, cereais, arroz e massas são uma verdadeira fonte de energia para o organismo e por isso não devemos dispensá-los.
Outro dos alimentos imprescindíveis no Japão é a soja. Desta forma, por consumirem uma quantidade superior de proteína vegetal, comparativamente com a de carne, registam valores muito baixos no que diz respeito à percentagem de lípidos que ingerem, cerca de 28,6%. Um valor que se afasta por completo dos Estados Unidos.
Carne
A carne no Japão só passou a ser consumida com alguma regularidade a partir do século XIX, graças ao imperador Meiji que acabou com a proibição ao consumo de carne de vaca.
E a adição da proteína animal foi uma das razões para que os japoneses apresentem até hoje uma elevada esperança média de vida. "A inclusão do consumo de carne coincidiu com uma importante baixa do número de acidentes vasculares cerebrais", afirma Takahashi ao La Vanguardia. Aqueles que rejeitam a carne acabam por apresentar uma malnutrição e valores muito baixos de albumina, uma proteína importante para nosso organismo.
Chá Verde
Um outro alimento constantemente presente nas refeições japonesas é o chá verde. Também conhecido pelos europeus devido ao seu valor altamente diurético e de antioxidantes. "Contém nutrientes, como a catequina, o flavonol, a vitamina C e outros minerais. A Catequina contém funções antioxidantes (ajuda na prevenção do envelhecimento e de outras doenças) e desinfectantes", refere Junko Takahashi.
Como comer
Segundo a autora, um aspeto fundamental que contribui para a longevidade é a forma como se come. O comportamento a adotar na ingestão da comida é uma acção que revela ser um factor estratégico. Mastigar bem os alimentos beneficia uma alimentação saudável e equilibrada e ajuda na absorção dos nutrientes. O jornalista remete para o facto de que "os idosos necessitam ao máximo de aproveitar ao máximo os nutrientes, porque a idade não lhes permite comer demasiado nem tomar coisas muito energéticas". E acrescenta "o segredo de uma saúde até aos cem anos começa, sem dúvida, na saúde da boca".
Sal
Apesar de um cardápio rico nos mais variados alimentos, peixe, carboidratos, carne e outros, os japoneses acabam por pecar no consumo elevado de sal. Apresentam índices de elevada qualidade de vida, mas também contém altos valores de pessoas que sofrem de hipertensão. Cerca de 1 em cada 3 japoneses padece desta doença.
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Comer bem e de forma saudável são factores relevantes para uma boa forma física, possibilitando uma vida longa, com capacidade para chegar aos cem anos. Nesta matéria, os japoneses são os verdadeiros peritos
O Japão é o país com maior número de centenários no mundo, aproximadamente 66 000 pessoas, um valor que nos faz levantar certas questões no que toca aos hábitos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, os japoneses apresentam uma elevada esperança de vida e ainda em 2015 um japonês de 105 anos atingiu o recorde mundial de 100 metros em atletismo, ficando conhecido por "Golden Bolt", em referência a Usain Bolt, esse o homem mais rápido do Mundo.
Tendo em conta um artigo publicado pelo jornal espanhol, La Vanguardia, explicamos o que importa comer para uma vida equilibrada segundo Junko Takahashi, jornalista e autora do livro "O método japonês para viver cem anos".
Comer pouco
O principal segredo para viver longos anos, de forma saudável é não comer em demasia. Esta máxima é confirmada pelos velhos ditados populares que os nossos ancestrais tanto preservaram. De acordo com dados de 2012, o Instituto Nacional de Estatística aponta que Portugal consome em média cerca de 3789 calorias diárias, já o Japão apresenta o valor de 2719, segundo dados da FAOTAST (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
O velho hábito de comer até ficar cheio é um erro que condiciona e que prejudica o físico e o ser ou não saudável. Assim, o Observatório Nacional da Atividade Física e do Desporto alerta que "Saltar refeições pode levar a ficar com muita fome e a perder o controlo do apetite, o que resulta a maior parte das vezes em comer demais", por isso comer com regularidade e em variedade é a chave para um um bom equilíbrio do corpo.
Carboidratos e Peixe
O sushi a especialidade mais consumida pelos japoneses contribui para a longevidade dos nipónicos. Junko Takahashi afirma na sua obra que por ano cada pessoa consome 53,68kg de peixe, um número que "ultrapassa em dobro os Estados Unidos da América".
Portugal prima pelo facto de, segundo a FAO, apresentar em média anualmente 55,6 Kg per capita. O que coloca os portugueses no terceiro lugar da tabela, atrás dos irlandeses e dos japoneses.
Em comparação com os americanos (45%), os japoneses consomem muito mais Carboidratos (58,4%). Os alimentos que sejam ricos nesse nutriente, cereais, arroz e massas são uma verdadeira fonte de energia para o organismo e por isso não devemos dispensá-los.
Outro dos alimentos imprescindíveis no Japão é a soja. Desta forma, por consumirem uma quantidade superior de proteína vegetal, comparativamente com a de carne, registam valores muito baixos no que diz respeito à percentagem de lípidos que ingerem, cerca de 28,6%. Um valor que se afasta por completo dos Estados Unidos.
Carne
A carne no Japão só passou a ser consumida com alguma regularidade a partir do século XIX, graças ao imperador Meiji que acabou com a proibição ao consumo de carne de vaca.
E a adição da proteína animal foi uma das razões para que os japoneses apresentem até hoje uma elevada esperança média de vida. "A inclusão do consumo de carne coincidiu com uma importante baixa do número de acidentes vasculares cerebrais", afirma Takahashi ao La Vanguardia. Aqueles que rejeitam a carne acabam por apresentar uma malnutrição e valores muito baixos de albumina, uma proteína importante para nosso organismo.
Chá Verde
Um outro alimento constantemente presente nas refeições japonesas é o chá verde. Também conhecido pelos europeus devido ao seu valor altamente diurético e de antioxidantes. "Contém nutrientes, como a catequina, o flavonol, a vitamina C e outros minerais. A Catequina contém funções antioxidantes (ajuda na prevenção do envelhecimento e de outras doenças) e desinfectantes", refere Junko Takahashi.
Como comer
Segundo a autora, um aspeto fundamental que contribui para a longevidade é a forma como se come. O comportamento a adotar na ingestão da comida é uma acção que revela ser um factor estratégico. Mastigar bem os alimentos beneficia uma alimentação saudável e equilibrada e ajuda na absorção dos nutrientes. O jornalista remete para o facto de que "os idosos necessitam ao máximo de aproveitar ao máximo os nutrientes, porque a idade não lhes permite comer demasiado nem tomar coisas muito energéticas". E acrescenta "o segredo de uma saúde até aos cem anos começa, sem dúvida, na saúde da boca".
Sal
Apesar de um cardápio rico nos mais variados alimentos, peixe, carboidratos, carne e outros, os japoneses acabam por pecar no consumo elevado de sal. Apresentam índices de elevada qualidade de vida, mas também contém altos valores de pessoas que sofrem de hipertensão. Cerca de 1 em cada 3 japoneses padece desta doença.
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