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Ao fim de 500 anos, o castor voltou

Lucília Galha
Lucília Galha 08 de julho de 2025 às 23:00

A espécie deixou de existir na Península Ibérica na Idade Média. Reapareceu em Espanha em 2003 e foram precisos 20 anos até chegar ao lado português do Douro.

Passou por ali vários dias: nadou, roeu, transportou material e até há registos a coçar a barriga e a fazer o grooming do pelo. Não foi propriamente uma surpresa, mas o culminar de uma espera que demorou três anos. A equipa começou a procurar indícios ainda em 2022. Repetiu em 2023 e novamente em 2024 – sempre sem sucesso. Só em 2025, e até já mais tarde do que costumava acontecer – a monitorização era feita sempre em abril mas, como este ano choveu bastante, só a fizeram em maio –, houve finalmente resultados. “Foi a primeira vez que encontrámos evidência da sua presença: um tronco, relativamente grande, roído”, conta à SÁBADO o biólogo Pedro Prata. Não havia sombra de dúvida: tinha estado ali um castor, no Parque do Douro Internacional, na fronteira entre Portugal e Espanha. A descoberta, ainda que aguardada, foi recebida com grande entusiasmo. Razão: a espécie estava extinta localmente há 500 anos.

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