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Fenprof admite primeira paralisação de sempre no setor, se patrões não cederem.
Por Correio da Manhã
Cerca de duas centenas de professores do ensino particular e cooperativo protestaram ontem em Lisboa contra o contrato coletivo de trabalho (CCT) assinado pelos sindicatos da UGT. Os docentes contestam o aumento dos horários de trabalho e o agravamento das condições de carreira. A Fenprof, que recusou assinar o CCT, admite marcar greve.
Ameaça de greve inédita nas escolas privadas
"Se na reunião de 14 de novembro não houver disponibilidade da Confederação Nacional de Educação e Formação (CNEF) para negociar um novo CCT, o próximo passo da luta dos professores será provavelmente a primeira greve de professores do ensino privado em Portugal", disse Mário Nogueira, da Fenprof, frisando que "se houver greve, a adesão vai surpreender muita gente".
Para evitar o atual CCT, a Fenprof está a tentar acordos com colégios. "No dia 14 vamos assinar o primeiro acordo de empresa com o colégio Valsassina, o que retira todos os docentes deste CCT e mantém as regras anteriores", anunciou Nogueira, destacando haver contactos com outras escolas.
Os professores concentraram-se junto à sede da CNEF e seguiram para o Ministério da Educação, onde foi lida uma resolução a exigir salários e carreiras ao nível do ensino público.
PORMENORES
Medo das pressões
"Acho que é a primeira vez que professores do privado fazem uma manifestação. E muitos não estão aqui por medo das pressões", disse Nogueira.
Discriminação
A Fenprof considera que os professores do privado estão a ser alvo de discriminação face aos docentes do público e lembra que a lei de bases o proíbe.
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