
Interpol vai recolher bens de João Rendeiro à guarda da advogada
"Disseram que havia um pedido de Portugal e presumo que trarão isso com eles", explicou a advogada June Marks.
"Disseram que havia um pedido de Portugal e presumo que trarão isso com eles", explicou a advogada June Marks.
O procurador do Ministério Público sul-africano, Naveen Sewparsat, entregou documentos da prisão de Westville a confirmar a morte de João Rendeiro.
Audiência em tribunal tinha sido marcada para cessar a representação legal. Porém, o ex-banqueiro foi encontrado morto.
Face à fuga de Rendeiro, CSM considera que "nem tudo terá corrido da melhor forma, se bem que sem ação direta dos juízes" envolvidos nos processos.
O Conselho Superior da Magistratura revelou que continua a investigar magistrados que tiveram responsabilidade na fuga do ex-líder do BPP.
Os documentos enviados em janeiro pela PGR para a África do Sul regressaram a Portugal em fevereiro, depois de se ter percebido numa sessão em tribunal que a fita que selava os documentos em português estava quebrada.
Os documentos foram selados novamente e serão enviados para Portugal, para que as autoridades nacionais garantam a inviolabilidade e integridade dos mesmos.
Em causa está a fita que selava os documentos enviados pela PGR e que estava partida na sessão de julgamento realizada no passado dia 21 de janeiro.
O processo de extradição de João Rendeiro será discutido entre os dias 13 e 30 de junho no tribunal de Verulam, com uma sessão prévia de preparação a 20 de maio.
Defesa de Rendeiro assegurou estar a "reunir algumas provas" e que deverá definir na próxima semana a estratégia do novo pedido, considerando que há boas perspetivas de poder conseguir agora a saída do antigo líder do BPP da prisão de Westville.
Casa onde a mulher do ex-banqueiro do Banco Privado Português João Rendeiro está a cumprir a medida de coação de prisão domiciliária ficou reduzida a duas camas, uma mesa, uma cadeira e um fogão.
Polícia Judiciária deixou bens essenciais como o fogão ou o frigorífico na casa onde a mulher de Rendeiro se encontra a cumprir a medida de coação de prisão preventiva.
"Ele está com outros prisioneiros de língua portuguesa, de Moçambique, então ele detestaria ficar em isolamento", disse a advogada.
Ex-banqueiro do BPP verá a medida de coação revista em fevereiro, segundo a advogada June Marks. João Rendeiro foi presente a tribunal.
O ex-banqueiro viu adiada a anterior sessão por problemas na selagem do processo que foi enviado por Portugal. Entretanto enviou carta à ONU e uma queixa ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem onde acusa Portugal de preseguição.