
Montepio. Relação confirma sentença do Tribunal da Concorrência
Tribunal de Lisboa condenou o banco, o antigo presidente, Tomás Correia, e antigos administradores a pagar coimas superiores a 2 milhões de euros.
Tribunal de Lisboa condenou o banco, o antigo presidente, Tomás Correia, e antigos administradores a pagar coimas superiores a 2 milhões de euros.
O fisco suspeitou de uma insolvência dolosa, mas os tribunais não lhe deram razão até porque o banco liderado por Tomás Correia nunca se queixou. A compra de barcos de cruzeiros usou um intermediário, o empresário Rui Alegre, e deixou um buraco de mais 100 milhões de euros.
Recusando ser "delfim" de Tomás Correia (ex-presidente da associação), Virgílio Lima assegura, em entrevista à TSF e Dinheiro Vivo, que o Banco Montepio tem uma dimensão estratégia para o grupo mutualista e como tal "não está à venda".
O ex-presidente do Montepio procurou, em tribunal, explicar cada um dos factos que originaram coimas superiores a um milhão de euros.
O ex-presidente do Montepio disse ao Tribunal da Concorrência que o Banco de Portugal só informou o banco da necessidade de reforço das provisões do Finibanco depois de concretizada a compra deste.
Terá transferido 1,5 milhões de euros para Tomás Correia, ex-presidente do Montepio Geral, e 750 mil euros para Ricardo Salgado, ex-líder do BES.
Ex-líder do Montepio quer que reforma de 14.300 euros seja recalculada e interpôs uma ação em tribunal.
Caso se confirmem, as acusações podem transformar-se em contra-ordenações num valor de 7,5 milhões de euros. Processo vai seguir para o Ministério Público.
Segundo o regulador, não foi possível "notificar o Arguido nas moradas conhecidas pelo Banco de Portugal" e de nada serviram "as diligências efetuadas com vista a determinar o atual paradeiro do mesmo".
Investigado pelo Ministério Público, o líder histórico do universo Montepio foi coleccionando polémicas no seu percurso. Saiba quais.
Em causa, estão suspeitas da prática de crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada.
Tomás Correia anunciou que a sua saída ocorreria a 15 de dezembro, após a festa de Natal da Mutualista.
O responsável pediu escusa esta quinta-feira, naquele que foi o Conselho Geral da Associação Mutualista Montepio Geral. Tomás Correia vai manter-se em funções até 15 de dezembro.
Tomás Correia abandonará o cargo em 15 de dezembro, "depois da festa de Natal" da associação.
O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral pediu para deixar o cargo. O pedido está a ser discutido na reunião que ainda decorre, avança o Negócios.
Em entrevista. o presidente da mutualista afirmou que só irá sair devido "a razões de idade".