
A SÁBADO é todos os dias: A "injustiça" nos hospitais públicos
A desigualdade entre médicos no SNS e as novidades do futebol estão entre as manchetes desta semana
A desigualdade entre médicos no SNS e as novidades do futebol estão entre as manchetes desta semana
Os hospitais estão a pagar €60/hora a prestadores de serviços, quando os obstetras do SNS ganham, em média, €12. Ordem dos Médicos fala em “injustiça”.
Urgências fechadas, gravidezes de risco sem vigilância, quem consegue pagar faz ecografia – quem não pode, é abandonada à sua sorte. Um raio-X da Obstetrícia em Portugal.
Segundo o relatório do Conselho das Finanças Públicas do total de horas de trabalho suplementar, 36% foram prestados por médicos (6,4 milhões de horas), enquanto os enfermeiros asseguraram 5,6 milhões de horas.
Em vez de 40 euros por hora como seria previsto, recebeu 55 euros, uma possibilidade prevista na lei, mas que obriga a autorização da Direção-Executiva do SNS.
Estudo agrega as horas realizadas de trabalho extraordinário feitas por profissionais de saúde afetos ao SNS e as horas feitas por tarefeiros.
A maior despesa foi com a contratação de médicos tarefeiros, totalizando 213,30 milhões de euros, mais 11,2% que em 2023.
"É uma questão de gestão, não tem nada a ver com a ideologia", garantiu Ana Paula Martins, apontando o exemplo do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, como uma das unidades que podem passar para PPP, mas sem adiantar quais os outros hospitais que poderão integrar o modelo público-privado.
Pedro Henrique Sousa Moreira tem 27 anos e também foi empregado de mesa e rececionista de hotel. Governo dos Açores "lamenta críticas fundadas no preconceito e na juventude do nomeado", um "jovem mariense".
A prestação de serviços feita por médicos traduziu-se neste período em 2.455.202 horas, enquanto a contração de prestação de serviços por enfermeiros foi de 285.477 horas e a de outros profissionais de saúde chegou às 288.436 horas, totalizando mais de três milhões de horas contratadas.
Associação pelos direitos da mulher na gravidez denuncia mais stress em grávidas e pressão para antecipar partos. Em Lisboa, apenas uma maternidade esteve aberta no fim de semana.
O problema da falta de recursos humanos, insistiu, "resolve-se com exclusividade, carreiras e contratação", defende Mariana Mortágua.
É simplesmente vergonhoso assistir ao desfilar de notícias de urgências disto e daquilo fechadas, com serviços parados ou em vias disso, com os hospitais centrais num caos. Um governo que permite isto não sabe nem merece governar.
O verão promete ser quente. Faltam médicos, há urgências forçadas a encerrar, greves marcadas e muita pressão sobre o Ministério da Saúde.
No Algarve, gozou com uma administração hospitalar, consigo próprio e com tudo. Vai lançar uma Lei de Bases da Saúde e propor um novo círculo eleitoral — e deixa condições a Montenegro.
Os problemas não se esgotam na denúncia de más práticas clínicas. Há doentes oncológicos tratados em Sevilha e uma urgência que parece a “Faixa de Gaza”.