
Milhares de pessoas comem ração de animal para sobreviver no Sudão
A crise humanitária em El Fasher, no Sudão, fez com que as pessoas, incluindo crianças, começassem a ingerir comida para animais para combater a fome.
A crise humanitária em El Fasher, no Sudão, fez com que as pessoas, incluindo crianças, começassem a ingerir comida para animais para combater a fome.
"Os conflitos continuam a disseminar a fome em Gaza, no Sudão e em outros territórios. A fome alimenta a instabilidade e mina a paz", lamentou o secretário-geral da ONU.
O palácio presidencial e os edifícios governamentais, no centro de Cartum, entre outros edifícios vitais, incluindo o aeroporto internacional, bem como vários bairros estratégicos da capital, estavam controlados pelas RSF, desde o início da guerra no Sudão, em abril de 2023.
Rivalidades étnicas e tribais já provocaram 150 mil mortos e tornaram “normal” a violação massiva de mulheres, a escravidão sexual e as mutilações.
O número aumentou 49% nos últimos cinco anos, alimentado pela escalada de conflitos recentes e prolongados na Etiópia, na RDC, no Sudão e na Ucrânia, destacou o Centro de Monitorização de Deslocados Internos.
A OMS acredita que 166 milhões de pessoas vão precisar de assistência médica em todo o mundo este ano, especialmente nos territórios palestinianos, Ucrânia, Afeganistão, Haiti e Sudão.
A ONU, através do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, estima que a resposta à crise sudanesa venha a custar 445 milhões de dólares até outubro, tendo em conta o aumento do número de pessoas que se encontram a fugir do país africano.
Vinte portugueses que pretendiam deixar o Sudão já foram retirados no país, informou na quarta-feira, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que adiantou permanecerem no território dois cidadãos nacionais.
A maioria dos hospitais das zonas de combates "estão fora de serviço" e tem-se registado falta de médicos, material, medicamentos e equipamento cirúrgico.
Balanço provisório da Organização Mundial da Saúde dá conta de que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos.
João Gomes Cravinho relata que o português que escolheu ficar se encontra "numa zona relativamente segura no sul do país". Já morreram 420 pessoas nos confrontos.
Operação foi realizada "em colaboração com outros países europeus e aliados", tendo sido criada "uma ponte aérea internacional autorizada a chegar à base militar em Djibuti", indicou governo italiano.
País encontra-se mergulhado num conflito entre o exército e um grupo paramilitar que já matou 420 pessoas.
O anúncio da "operação de retirada rápida" de cidadãos franceses e pessoal diplomático foi feito hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros de França, acrescentando que cidadãos europeus e nacionais de "países parceiros aliados" também são apoiados.
Este é o terceiro dia de confrontos no país. Autoridades aconselham cidadãos da União Europeia a seguir as recomendações dos respetivos Estados-membros e a registar a sua presença".
Onda de violência surge após meses de tensões crescentes entre as forças armadas e as paramilitares Forças de Apoio Rápido.