
Bruxelas vê PIB português a crescer mais e contas quase equilibradas
Nas Previsões de Primavera, a Comissão Europeia estima um crescimento económico superior ao antecipado pelo Governo e um défice inferior, alavancado pelas receitas fiscas.
Nas Previsões de Primavera, a Comissão Europeia estima um crescimento económico superior ao antecipado pelo Governo e um défice inferior, alavancado pelas receitas fiscas.
Perspectivas reveladas esta quarta-feira são iguais às previsões de primavera, reveladas em maio.
O Banco Mundial prevê um crescimento económico de 2,1% na Zona Euro em 2018, abaixo das expectativas da Comissão Europeia. A diferença agrava-se em 2019 e 2020.
O Banco de Portugal fez as contas e concluiu que o crescimento do PIB fraccionado por cada português foi superior à média da Zona Euro. Porém, a economia continua abaixo do nível de 2008.
O emprego cresceu e a taxa de desemprego desceu. Esta dinâmica positiva vai continuar nos próximos anos. Contudo, Bruxelas assinala que a maior parte dos novos empregos são de salários baixos.
Veja no mapa quais são as previsões da Comissão Europeia para o crescimento económico dos Estados-membros em 2018.
Nas previsões de Primavera divulgadas hoje, Bruxelas estima que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português "continue robusto".
A Comissão Europeia assinala o bom desempenho no défice, mas alerta para a ajuda que a economia está a dar na frente orçamental.
Na reacção ao relatório da Comissão sobre a sexta missão pós-programa, Mário Centeno destaca a aproximação das previsões de Bruxelas para o défice em relação às defendidas por Portugal e a revisão em alta do crescimento da economia.
A Comissão Europeia está mais optimista sobre a evolução da economia portuguesa. Os riscos estão concentrados no sector bancário e na exposição a factores externos.
Os comissários europeus explicaram esta manhã que o Governo português garantiu que, qualquer que seja o impacto da recapitalização da CGD, não comprometerá a redução sustentada do défice orçamental.
O Ministério das Finanças considera que as previsões da Comissão Europeia, apresentadas esta quinta-feira, confirmam "que estão cumpridas as condições para que Portugal possa sair do Procedimento por Défice Excessivo."
A incerteza e a indecisão durante a primeira metade deste ano degradou a economia, o emprego e a situação das finanças públicas gregas.
A equipa de missão da Comissão Europeia mantém a previsão de um défice acima dos 3% este ano, considera que a economia está melhor, mas que, para garantir o equilíbrio de forma duradoura da economia "é preciso reformas adicionais", nomeadamente as que têm sido sucessivamente adiadas.
Os números para Portugal avançados pelo Fundo nas previsões de Primavera seguem os da avaliação do artigo IV em meados de Março, incluindo uma estimativa de défice orçamental superior a 3% do PIB em 2015, isto apesar do melhor resultado orçamental em 2014.
A queda homóloga da actividade económica no primeiro trimestre foi de 4%. Em cadeia, o PIB recuou 0,4%. Em ambos os casos são valores piores do que os inicialmente estimados pelo INE e do que os antecipados pela Comissão Europeia nas recentes previsões de Primavera.