
Álvaro Sobrinho é dono do fundo que controlou a Global Media
Angolano confirma estar por trás do misterioso fundo das Bahamas.
Angolano confirma estar por trás do misterioso fundo das Bahamas.
Além do JN e TSF, o negócio envolve a compra do Jornal de Notícias, Jornal de Notícias História, os 'sites' NTV e Delas, Notícias Magazine, O Jogo, Volta ao Mundo e Evasões.
Pagamento diz respeito apenas ao vencimento do mês passado e não inclui o subsídio de Natal.
Decisão segue-se a outras semelhantes tomadas pelas redações do Jornal de Notícias e do desportivo O Jogo, também detidas pelo GMG.
A redação do Diário de Notícias decidiu adotar um "plano de luta consistente e de gravidade gradual", que passa por "utilizar o Diário de Notícias, versão 'online' e papel como forma de luta".
Acionistas consideram ser da "responsabilidade exclusiva" do World Opportunity Fund e da gestão executiva por este indicada, liderada por José Paulo Fafe, a "insustentável situação" que os trabalhadores do GMG e que o próprio grupo atravessa.
"O comunicado de José Paulo Fafe deixa clara uma ideia repulsiva: não pagam porque não querem", disse a redação do jornal O Jogo.
O CEO da Global Media, escolhido por um acionista opaco, ainda está a pagar uma dívida com mais de 25 anos ao grupo que agora gere - e que requereu a insolvência da sua empresa em 2009. O Fisco mandou fechar outra empresa de José Paulo Fafe em 2013 e uma juíza declarou-o contumaz em 2006. Fafe cruzou jornalismo e política desde jovem e tem amigos em todo o lado. A sua gestão deixa a dona do JN, DN e TSF no limite.
"Entre 2021 e 2023 enquanto acionista investi na empresa cerca de 16 milhões de euros", "em compras de dívida à banca, aumentos de capital, compra de ativos e suprimentos", disse o empresário no parlamento.
Comissão Executiva, liderada por José Paulo Fafe, atribuiu as culpas às anteriores administrações.
A estrutura sindical manifesta-se preocupada com a troca de acusações e de ameaças entre a Comissão Executiva e os acionistas maioritários do Global Media Group (GMG), quando os trabalhadores estão sem receber o salário de dezembro e o subsídio de Natal e os prestadores de serviços sem os pagamentos que lhes são devidos.
Decisão é resposta da Comissão Executiva ao grupo de acionistas que ontem acusou o Fundo de incumprimento nas suas obrigações. Trabalhadores do DN, JN, Jogo e TSF não receberam salários de dezembro.
Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e Mendes Ferreira garantem que irão "recorrer a todos os meios ao seu dispor para exercer os direitos legais e contratuais que lhes assistem".
"Se se despedirem 40 pessoas no Jornal de Notícias [JN], que é quase metade da redação, vamos ficar a fazer um jornal com 30 ou 40 pessoas", afirmou o dirigente do Sindicato dos Jornalistas e jornalista do JN Augusto Correia.