
Grande desafio com IA é a "hiperpersonalização dos ataques"
O inspetor-chefe da Polícia Judiciária afirma que em Portugal até ao momento não foram reportados ataques personalizados em larga escala.
O inspetor-chefe da Polícia Judiciária afirma que em Portugal até ao momento não foram reportados ataques personalizados em larga escala.
Segundo a PJ, os aparelhos aprendidos "permitiam remeter mensagens de forma massiva e terão lesado um número indeterminado de vítimas, presumivelmente na ordem dos milhares".
Os crimes terão permitido "ilicitamente obter lucros que, até ao que foi possível apurar até à data, ascendem a dezenas de milhares de euros".
A transição de parte da nossa vida para o mundo digital é imparável e inevitável. Por isso, há que aprender a reconhecer o perigo, conhecendo os vários tipos de ameaças e as formas de nos precavermos.
Há redes nacionais e internacionais de crime organizado que criam mensagens de telemóvel, emails e perfis falsos nas redes sociais com o intuito de enganá-lo e fazê-lo divulgar os seus dados pessoais, códigos bancários ou fazer pagamentos e investimentos em produtos inexistentes. Deixar o mundo digital não é opção, mas há formas de reconhecer o perigo e reduzir o risco de cair num engodo. A SÁBADO conta-lhe a história de seis vítimas e os conselhos de seis especialistas em cibersegurança.
Foram lesadas 41 pessoas numa quantia superior a 100 mil euros.
"Neste momento, a nossa preocupação reside numa campanha atual em que foram difundidas de forma massiva milhares de chamadas telefónicas e que tem resultado num número incomum de queixas", assegurou o coordenador de investigação criminal José Ribeiro, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica.
A PJ deteve um cidadão estrangeiro, de 29 anos, suspeito de vários crimes de burla qualificada, falsidade informática e branqueamento de capitais, que lesaram 11 pessoas.
Alguns métodos podem proteger as pessoas de fraudes como a "Olá pai, olá mãe", mas também colocam em causa a privacidade.
Homem de 38 anos é suspeito de ter praticado crimes de burla qualificada, associação criminosa e branqueamento de capitais, na sequência da burla "Olá Pai/Olá Mãe". A esposa e a filha também foram indiciadas pela coautoria do crime.
A manipulação de imagens afeta não só as celebridades, mas também o cidadão comum. À SÁBADO, especialistas garantem que com as eleições de 10 de março, à porta a probabilidade de os deepfakes aumentarem é bem provável.
Este tipo de crimes tem aumentado nos últimos anos. Em 2023 a PSP registou 12.238 crimes de burla informática e comunicações.
Os dados são do Portal da Queixa e do estudo Holiday Survey, da Klarna. Sofia Lima, da DECO, reconhece a eficiência dos esquemas mas reforça a importância da denúncia.
Detido não falou ao juiz em tribunal e acabou por levar a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva. Não trabalhava sozinho, mas dele não é esperada cooperação.
O número de detidos passou de dois em todo o ano de 2019 para 31 até outubro deste ano, com o número de suspeitos a subir de 251 para 390, no mesmo período.
Na sexta-feira a PJ já tinha referido que, "foi dado cumprimento a um mandado de busca domiciliária e detido, em flagrante delito, um cidadão estrangeiro, pela prática do crime de burla qualificada".