
CEO da Novo Lítio demite-se
David Frances abandona o cargo de presidente executivo e director-geral, mas vai manter-se como consultor da empresa australiana. A saída acontece em plena batalha jurídica com a Lusorecursos.
David Frances abandona o cargo de presidente executivo e director-geral, mas vai manter-se como consultor da empresa australiana. A saída acontece em plena batalha jurídica com a Lusorecursos.
A audiência da providência cautelar apresentada pela Novo Lítio contra a Lusorecursos deveria arrancar esta quarta-feira, mas foi adiada para dar tempo à empresa de Braga para apresentar novos elementos sobre a concessão de Montalegre.
Em declarações à RTP, o secretário de Estado da Energia assegurou que o assunto que opõe Novo Lítio e Lusorecursos pela concessão de Montalegre será resolvida a nível técnico e não político.
O pedido foi entregue na véspera de arrancar o julgamento, no Tribunal de Braga, da providência cautelar que foi movida pela Novo Lítio contra a Lusorecursos.
A empresa australiana diz ter sofrido ameaças da Lusorecursos que a obrigaram a retirar pessoal do local de prospecção de lítio em Trás-os-Montes e a chamar a GNR. Companhia de Braga nega e fala em "delírio". O Governo pediu à Direcção Geral da Geologia que informe as autoridades.
Os custos de exploração da empresa que tem um diferendo com a portuguesa Lusorecursos sobre uma licença de prospecção de lítio no Norte do país mais que triplicaram no espaço de um ano.
A empresa de Braga aponta o dedo ao antigo ministro da Defesa por estar a patrocinar a Novo Lítio no diferendo na concessão de Montalegre, apesar de o Estado português ter reconhecido a Lusorecursos como única interlocutora no processo.
Numa altura em que a portuguesa Lusorecursos e a australiana Novo Lítio mantêm um diferendo sobre a detenção da licença de prospecção em Sepeda, a presença de segurança privada nos terrenos da concessão levou a pedir a intervenção da GNR esta segunda-feira.
Depois da ameaça dos australianos recorrerem a tribunal, a dona da licença de prospecção Montalegre diz não ter sido citada para nenhuma acção até ao momento. "Não estão reunidas as condições para que nos possamos pronunciar," dizem os advogados da Novo Lítio.
A australiana Novo Lítio divulgou que vai recolher amostras de lítio em Sepeda e que pretende ali criar uma fábrica destinada à produção deste mineral, em 2020
A empresa que prospecta lítio em Trás-os-Montes diz que espera ter uma decisão dos tribunais - no âmbito do conflito que a opõe à Lusorecursos - a tempo de cessar o prazo - 7 de Dezembro - para revalidar a licença de operação em Montalegre.
Face ao diferendo entre a Lusorecursos e os australianos da Novo Lítio, o Governo diz que o número máximo de prorrogações do contrato já foi atingido e que o seu interlocutor é a empresa portuguesa, com quem tem contrato assinado.
Ainda com um litígio em tribunal com a Lusorecursos - detentora original da licença de Sepeda, Montalegre, onde foi detectado lítio, os australianos avançaram para a aquisição de mais um pacote de licenças na mesma zona.
Ao fim de mais de um mês, a empresa retomou as negociações em bolsa e garante que continuará a trabalhar na prospecção no local, em Montalegre, apesar do diferendo com a dona da concessão ter chegado aos tribunais.
É, no espaço de menos de um mês, a terceira extensão da pausa voluntária de negociação em bolsa, numa altura em que a empresa que procura lítio em Trás-os-Montes está em diferendo com a detentora da licença de prospecção.
A ASX considera que as suspensões voluntárias de negociação - como a requerida pela Novo Lítio - não são incomuns mas devem ser usadas ao mínimo. E diz desconhecer irregularidades na actividade da empresa australiana que tem um diferendo com a portuguesa Lusorecursos.