
Como se acabou com os bairros de barracas há 32 anos
O empurrão de Mário Soares, a “surpresa” que Isaltino guardou em Oeiras para a TV e o despertar de Cavaco: como nasceu o maior plano de habitação da democracia portuguesa.
O empurrão de Mário Soares, a “surpresa” que Isaltino guardou em Oeiras para a TV e o despertar de Cavaco: como nasceu o maior plano de habitação da democracia portuguesa.
As imagens de Soares a assinar a adesão à CEE há 40 anos levam-me de volta a um lugar de otimismo sobre o futuro – e de reconhecimento sobre o passado.
O fundador do CDS é o próximo retratado na coleção Pequenas Biografias. Como evoluiu o seu pensamento político, as relações com Sá Carneiro e Mário Soares e a aproximação a José Sócrates e ao PS.
Soares era tudo menos uma pessoa implodida, com estados de alma, sofrido. Tinha até uma certa superioridade face a esses sentimentos porque, como sabia bastante, lia muito, tinha amigos e paixões várias.
Após mais do que duplicar entre 1973 e 1975, passando de 340 para 706, o número de jardins de infância não só estagnou como regrediu ligeiramente: em 1976, era de 679. No entanto, em 1978, após a primeira governação de Mário Soares, alcançava quase um milhar.
Autor de uma biografia de Mário Soares, que publicou pela primeira vez em 2013, Joaquim Vieira lembra a importância do "pai da democracia". No dia em que se celebram os 100 anos do seu nascimento, o investigador acredita que Soares é hoje "a mais consensual figura política da história recente de Portugal", apesar de desconhecido para os mais jovens.
Figura decisiva e também divisiva, Soares esteve em praticamente todos os momentos-chave da vida política portuguesa, antes e sobretudo depois do 25 de Abril. Há muita luz, mas também alguma sombra no seu enorme legado.
A Assembleia da República lembra hoje a figura de Mário Soares, numa sessão solene com honras militares e encerrada pelo Presidente da República.
De acordo com duas das suas biografias, o fundador do PS referiu-se "a uma tentativa de golpe" que o levou a ir para o Porto por estradas secundárias. Também foi "um regresso à pureza inicial do 25 de Abril".
Para os comunistas, a data representa a derrota (às mãos de Ramalho Eanes, de Mário Soares e do Grupo dos Nove) de uma "insurreição popular armada" que queria implementar em Portugal uma sociedade de inspiração soviética.
Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos têm trocado propostas e contrapropostas para aprovarem o OE para 2025. Em 1979, Sá Carneiro pediu a Soares que PS e PSD se unissem pelo bem do País.
Teria continuado no governo após a vitória de Ramalho Eanes nas presidenciais de dezembro de 1980? Ter-se-ia remetido ao exílio ou criado um novo partido? Ou poderia ter sido presidente da República no lugar de Mário Soares?
O filme, que chega esta 5.ª aos cinemas, não é um retrato da vida do histórico político. É uma viagem às presidenciais de 1986, à fundação do PS e aos embates com Cunhal, num registo algo televisivo.
Em 1968, Mário Soares foi obrigado a abandonar a família e a recolher-se na ilha de São Tomé. Ali, em solidão quase total, começou a escrever uma denúncia contra o Estado Novo. A SÁBADO teve acesso a uma missiva inédita, em que o político conta a sua vida em África.
"Portugal Amordaçado" é reeditado numa versão crítica que inclui centenas de cartas e dedicatórias inéditas, incluindo uma missiva de Sá Carneiro e uma dedicatória a Marcello Caetano.
"A linha vermelha que Mário Soares traçou para a esquerda do PS, entre moderação e radicalismo, está agora entre o PSD e o PS", alertou o líder do PSD.