
Ana Paula Martins não se demite após mortes ligadas a atrasos do INEM
A ministra da Saúde diz que, dos três casos de mortes a serem investigados, dois não resultaram do atraso do socorro.
A ministra da Saúde diz que, dos três casos de mortes a serem investigados, dois não resultaram do atraso do socorro.
"É muito importante saber exatamente como é que o SNS vai funcionar, com que meios, com que organização, com que liderança e com que capacidade de resolver esses vários problemas, esses e outros", defendeu o Presidente da República.
A demissão foi aceite esta quarta-feira pela ministra da Saúde.
As audições a Ana Paula Martins tinham sido solicitadas pelo PS, Chega e IL. No requerimento, a IL recorda que um dermatologista da ULS Santa Maria, terá recebido "mais de 400 mil euros pela realização de cirurgias em apenas dez dias".
A ministra da Saúde assume a responsabilidade no caso da grávida que passou por vários hospitais e acabou por perder o bebé após o nascimento.
Na opinião da deputada socialista Mariana Vieira da Silva, é tempo de Ana Paula Martins "assumir as suas responsabilidades" e que "não se esconda".
No meio da campanha eleitoral, ministra da Saúde assinou contrato-relâmpago com o assessor que, meses antes, lhe tinha dado uma formação "a título pessoal". Cunha Vaz, há muito ligado ao PSD, prometeu que em 2025 ia colher os frutos do que andara "a semear".
Carlos Cortes considera que a ministra da Saúde vai ter grandes desafios pela frente.
A ministra da Saúde também já tinha considerado que este caso "em nada abona na confiança dos portugueses".
"Correu tudo muitíssimo bem", referiu a ministra da Saúde assegurando ainda que ninguém ficou por socorrer durante o apagão.
"Seguramente que vamos conseguir, espero eu, dar um salto importante em termos de mais pessoas com médicos de família", disse a ministra da Saúde.
O futuro do sistema de saúde esteve em debate num painel que reuniu decisores políticos e representantes dos setores público, privado e social. Sob o tema “O Sistema de Saúde Português: Qual o Futuro que Queremos Desenhar?”, contou com a moderação da ex-ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira
O líder do PS disse ainda que as dificuldades no SNS surgiram logo após a tomada de posse da ministra da Saúde, com falhas na contratação de médicos.
Segundo o secretário-geral do PS, o partido não tem "nenhum dogma" com este formato, "mas os problemas do SNS não se resolvem" com esta "fuga para a frente" da ministra da Saúde, "anunciando cinco PPP nos hospitais, mais 170 PPP em centros de saúde".
Para o Chega, manter Ana Paula Martins no executivo é manter uma "governante que sabe que não tem nenhumas condições éticas da integridade política para continuar".
INEM ficou impedido de definir os serviços mínimos por não ter recebido atempadamente do Ministério da Saúde os pré-avisos dos sindicatos, revelou o documento.