
Covid-19: OMS alerta para aumento de casos e para o risco de variante mais severa
De acordo com a OMS, a monitorização dos esgotos sugere que a circulação do SARS-CoV-2 é duas a 20 vezes superior aos números documentados.
De acordo com a OMS, a monitorização dos esgotos sugere que a circulação do SARS-CoV-2 é duas a 20 vezes superior aos números documentados.
A Organização Mundial da Saúde afirmou ter recebido relatos de casos em 26 países durante o último mês.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) estimam que a linhagem BA.2 da variante Ómicron seja ainda responsável por 73,8% das infeções registadas em Portugal, uma percentagem que tem vindo a baixar nas últimas semanas.
Linhagem BA.2 tem características genéticas semelhantes à Ómicron (BA.1) e foi detetada pela primeira vez em Portugal em amostragens aleatórias por sequenciação entre 27 de dezembro e 02 de janeiro.
"As variantes estão a competir e a evoluir", alerta a líder técnica de resposta à covid-19. Contudo, as medidas de saúde pública e a vacinação travam a circulação do vírus.
"Este vírus está a mutar e precisamos de ser muito cautelosos neste momento", alertou o responsável da OMS, ao lembrar que este aumento de transmissão na comunidade vai colocar em risco os grupos mais vulneráveis, especialmente, em países com uma reduzida taxa de vacinação contra a covid-19.
"Temos todos visto as imagens das zonas dos fãs, as pessoas a celebrar nas ruas, fora dos estádios. E isto é um risco massivo", alertou a responsável técnica da OMS para a pandemia.
A variante inicialmente identificada na Índia "está a disseminar-se rapidamente" e "tem maior transmissibilidade do que a variante Alpha", inicialmente diagnosticada no Reino Unido.
Diretor de emergências sanitárias da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, criticou a decisão dos EUA de "redobrarem os esforços" para tentar explicar a origem do novo coronavírus, afirmando que as suspeitas têm por base "muito poucas notícias ou evidências verdadeiras".
Organização Mundial de Saúde alertou que as vacinas contra a covid-19 protegem contra a doença mais grave, mas ainda não há "grande prova sobre a capacidade de uma pessoa vacinada infetar outras pessoas".
Nada sugere que vacinas, tratamentos e diagnósticos não funcionem com esta variante, assinalou a líder técnica da resposta à covid-19 na OMS.
OMS alerta para "grande aumento do número de casos" detetados em diversos países da Ásia e do Médio Oriente e avisa: a pandemia "está longe de terminar".
O risco de transmissão da covid-19 aumenta exponencialmente em ambientes fechados e o uso de máscara não chega para reduzir a zero o risco de ser infetado. OMS começou por descartar a transmissão pelo ar, recuou e agora apresenta guias de renovação do ar de espaços interiores. Mas especialistas defendem que só isso não chega.
Tão pouco há indícios de que cause um maior número de casos graves e seja mais difícil de diagnosticar, afirmou a responsável da unidade técnica anticovid da organização.
Aprovação da utilização de emergência de duas versões da vacina permite agora que estas sejam lançadas a nível mundial através do Covax.
Organização Mundial da Saúde lembra que a maioria das novas variantes tem "pouco efeito" no comportamento da doença e que vão continuar a surgir variantes do novo coronavírus.