A empresa de impressão de jornais e revistas comunicou ao regulador ter obtido um prejuízo de 1,726 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que representa uma deterioração de 142% face ao resultado negativo verificado em igual período do ano passado.
O tribunal encerrou o Processo Especial de Revitalização (PER) da Lisgráfica, após ter recusado a homologação do seu plano de recuperação, considerando que a empresa está em situação de insolvência, com dívidas de 81,4 milhões de euros, com o BCP a representar 53% do total.
O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, recusou a homologação do acordo concluído entre a Lisgráfica e os seus credores no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER).
A Lisgráfica agravou em 33% os prejuízos, entre Janeiro e Março, que ascenderam a 489 mil euros. Também os proveitos correntes e o EBITDA diminuíram.
A Lisgráfica registou prejuízos de 1,9 milhões de euros no ano passado, uma melhoria de 52% face ao exercício anterior.
O "ok" do tribunal surge depois de no final do ano passado os credores terem aprovado o plano que prevê "reestruturar a dívida financeira" da Lisgráfica.
Há acordo entre os credores para negociar a dívida de 81,4 milhões de euros da Lisgráfica, em que mais de metade é devida ao BCP.
A empresa gráfica nacional solicitou ao tribunal de Sintra a entrada em PER. O procedimento prevê evitar a insolvência. A empresa já tinha estado num processo idêntico em 2012, conseguindo na altura o acordo dos credores.
A cotada lisboeta registou um resultado líquido negativo de 1,415 milhões de euros entre Janeiro e Setembro deste ano, o que representa uma melhoria de 24% face aos prejuízos de 1,853 milhões de euros obtidos em igual período do ano passado.
Nos indicadores operacionais a empresa continua no vermelho, mas o Plano de Revitalização (PER) justifica os resultados líquidos apresentados pela Lisgráfica nos primeiros nove meses do ano.
Dos 303 trabalhadores da empresa da indústria gráfica, 36 têm os seus contratos de trabalho suspensos em "lay-off", divulgou a empresa à CMVM.
A empresa sublinha que as empresas da indústria gráfica continuam a demonstrar os efeitos da recessão económica.
