O ex-primeiro ministro português até pode ter roçado a leitura de Sócrates quando frequentou um mestrado em teoria política em França no ano de 2011. Mas, se nessa ocasião tomou contacto com a filosofia do seu homónimo grego, podemos então dizer que houve um Sócrates que não conseguiu perceber nada do outro Sócrates.
No último mês, o caso que opôs Joana Marques e Anjos e a Operação Marquês prenderam a nossa atenção com liveblogs ao minuto nos jornais nacionais. É essencial saber o que se passa nos tribunais, mas será problemático fazer disso entretenimento?
Antigo primeiro-ministro está a ser julgado por três crimes de corrupção, seis de fraude fiscal e 13 de branqueamento de capitais.
A jornalista Débora Carvalho esteve no terceiro dia de interrogatório a José Sócrates, no julgamento da Operação Marquês, e destaca as críticas reiteradas do antigo líder socialista à comunicação social e a tentativa de Sócrates de politizar o julgamento.
Antigo primeiro-ministro chegou ao Campus da Justiça, em Lisboa, para a terceira sessão de julgamento da Operação Marquês.
Carlos Rodrigues Lima, jornalista do Correio da Manhã, comenta o segundo dia do julgamento da Operação Marquês, em que pela primeira vez foi ouvido o antigo primeiro-ministro José Sócrates.
José Sócrates chega ao Campus de Justiça criticando o facto de estar a ser julgado.
Depois de uma primeira sessão atribulada, José Sócrates vai prestar declarações no segundo dia do julgamento da Operação Marquês.
Antigo primeiro-ministro já chegou ao Campus de Justiça para prestar declarações, nesta que é a segunda sessão do julgamento.
A cambiante que irrita José Sócrates consiste em ser sujeito a julgamento, contrariamente ao que aconteceria se juízes desembargadores não corrigissem o "erro de escrita" da autoria de magistrados do MP.
"Eu não disse que o engenheiro José Sócrates tinha que provar o que quer que seja, nem tinha que provar a sua inocência, eu não referi isso, disse que haveria uma oportunidade em julgamento para fazer a prova de inocência. Só isso", esclareceu esta sexta-feira o Procurador-Geral da República.
À chegada do Campus de Justiça, José Sócrates começou por garantir que o que o levou de novo ao tribunal foi o "lapso de escrita, fundamentado na ideia de que os procuradores se enganaram".
Carlos Rodrigues Lima, jornalista do Correio da Manhã, recorda as voltas e reviravoltas do processo Marquês, os crimes de que José Sócrates está acusado e os arguidos do que será um julgamento histórico.
José Sócrates explicou hoje em conferência de imprensa que o que o move a avançar com uma ação contra o Estado português é uma "violação do Estado de direito".
"Foi a gota de água que me levou a decidir por uma queixa no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. É demais", disse José Sócrates, em conferência de imprensa.
José Sócrates e o empresário Carlos Santos Silva respondem neste processo pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documento, por atos entre 2011 e 2014.
