
António Filipe. As polémicas do deputado histórico que se candidata a Belém
O comunista foi deputado em 11 legislaturas e é uma das figuras mais consensuais do partido. Mas as suas posições valeram-lhe algumas críticas ao longo dos anos.
O comunista foi deputado em 11 legislaturas e é uma das figuras mais consensuais do partido. Mas as suas posições valeram-lhe algumas críticas ao longo dos anos.
Foi um duelo de suplentes. Mas Nuno Melo e Inês Sousa Real até se esforçaram. Quase sempre cordatos, trouxeram para o debate os temas (e as frases) do costume, da imigração à guerra, da crise climáticas às touradas, da habitação à saúde animal. No final, Nuno Melo deixou uma bicada: "Eu gosto de animais, mas coloco as pessoas antes dos animais".
O PCP deixou de conseguir ligar-se aos anseios da larga maioria dos portugueses e está em processo acelerado de extinção. E a culpa disso assenta sobretudo nos próprios comunistas e não em forças exteriores ou na “ofensiva anticomunista”.
Numa intervenção de dez minutos, que foi aplaudida de pé pelos delegados comunistas e em que assumiu as dificuldades atuais do seu partido face a um processo "contrarrevolucionário que já dura há 48 anos", Jerónimo de Sousa procurou sobretudo desdramatizar as condições do tempo do presente e transmitir uma mensagem de confiança em relação ao futuro.
Não comeu lavagante, mas “arroz de lavagante”. O presidente da câmara de Oeiras queixou-se da SÁBADO, mas não deixou de andar, falar, e mostrar uma “joia escondida” do seu concelho, a Fábrica da Pólvora (mas garante que não é explosivo). Em 4200 passos e 3,3 quilómetros.
Os eleitos do povo apelidam-se de bêbados, nojentos, palermas, palhaços, vigaristas e muito mais. Há muito que a liberdade de expressão faz soltar a língua no hemiciclo.
No último congresso dos comunistas, que se realizou no final de novembro de 2020, Jerónimo de Sousa foi eleito secretário-geral do PCP pela quinta vez.
A esquerda tem um player revitalizado (o Livre) e outro que não consegue travar a erosão (CDU). IL, BE e PAN sobreviveram ao teste eleitoral sem baixas.
O PS apontou aos pensionistas, acenando com os tempos da "troika", e PSD apelou ao voto feminino, prometendo assegurar a igualdade de oportunidades.
Num momento de aperto, a máquina do PS fez descolar a norte a campanha de um líder com pouco tempo de preparação. Nos últimos quilómetros, Pedro Nuno Santos virou o partido mais à esquerda e encravou num discurso sobre SNS, escola, transportes, habitação, pensões e salários – uma tentativa de subir à custa do voto útil. Nas arruadas surgem muitos avós, mas poucos netos.
Esta é a geração que cresceu a fazer parte de associações e coletivos. Utilizam esses grupos para poderem reivindicar as suas causas e desenvolver um sentimento de pertença comum, ao mesmo tempo que desenvolvem importantes competências de liderança.
Divergências foram poucas - a UE, a cassete da paz de Raimundo contra a defesa da Ucrânia de Tavares, pouco mais - e nenhum parecia querer hostilizar o parceiro. Unidos contra o "voto útil" no PS, acreditam numa nova "geringonça".
Especialistas em comunicação política avançam explicações para a forma como os líderes estão a preparar os debates e como é que podem ser decisivos. E olhamos para as polémicas passadas.
"Nós consideramos que somos um polo de convergência e não há nenhuma convergência sem a nossa participação", frisa Paulo Raimundo, líder do PCP.
Com João Galamba, Duarte Cordeiro e Pedro Delgado Alves, é um que apoiam Costa contra António José Seguro. Mais tarde, é recompensado e chega ao Governo.
O PS atacou os termos de Passos Coelho, mas também tem cadastro de impropérios. Não há inocentes.