
O nome mantém-se mas a marca comercial do Montepio vai mesmo mudar este ano
O Montepio vai mudar, promete Carlos Tavares. A marca comercial será diferente e haverá entidades deste grupo que vão ganhar peso. O estrangeiro continua a ser vendido.
O Montepio vai mudar, promete Carlos Tavares. A marca comercial será diferente e haverá entidades deste grupo que vão ganhar peso. O estrangeiro continua a ser vendido.
Depois do corte de 100 agências feitas pela administração de Félix Morgado, Carlos Tavares vai abrir novos balcões com "custos controlados" em territórios "menos urbanos". Terão dois a três funcionários e poderão ter horários distintos.
A marca do Montepio pode vir a mudar. Contudo, parece certo, segundo o accionista, Tomás Correia, e o líder do banco, Carlos Tavares, que a palavra Montepio permanecerá. O resto é que poderá alterar-se.
Em vez de 30,1 milhões de euros, o Montepio obteve um lucro de 6,4 milhões em 2017. A certificação legal de contas e a gestão de Carlos Tavares reviram em alta as imparidades para crédito. Contas anteriores não aplicavam norma contabilística aplicável a Angola.
O Banco de Portugal não deu ainda luz verde a Pedro Alves, nome proposto por Tomás Correia para a gestão do Montepio. Na mutualista, houve nova redistribuição de pelouros, depois da retirada.
António Tavares é presidente da mesa do Montepio, cuja administração é agora mais reduzida do que até aqui. Contudo, a estrutura liderada por Carlos Tavares deverá pelo menos ganhar mais dois nomes nos próximos meses.
"Uma coisa não tem nada que ver com a outra", responde António Tavares ao Público, em relação à aplicação de 10 mil euros da Santa Casa do Porto e o facto de ser porta-voz de Rui Rio. A entidade teve prejuízos de 5,7 milhões em 2017.
Carlos Tavares sucedeu na CEMG a Félix Morgado, cujo mandato foi marcado por conflitos com o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia.
Sem agradecimentos à associação mutualista, Félix Morgado deixa palavras ao Banco de Portugal e aos trabalhadores. "Teria sido mas fácil acomodar pedidos ou ceder a promessas", diz na mensagem final aos trabalhadores.
A carta de missão do Montepio prevê que a remuneração da caixa económica ao(s) accionista(s) não seja esquecida. A equipa de Carlos Tavares tem de ter presente o uso dos balcões da caixa como distribuidores de produtos do grupo.
A nova administração da Caixa Económica Montepio Geral já passou no crivo do Banco de Portugal. Carlos Tavares só pode acumular CEO e chairman temporariamente. A equipa de José Félix Morgado tinha mandato até ao final do ano.
O presidente do Montepio acusa o Banco de Portugal de ter feito uma "maldade", mas defende que o Montepio a soube aproveitar. Por isso, quis abrir o capital à economia social e a misericórdias e IPSS. Mas não mencionou a Santa Casa, que ainda não deu a sua resposta concreta.
António Costa não responde directamente a perguntas feitas sobre o Montepio. Aos deputados, remete a resposta dada por Vieira da Silva, que defende o racional do negócio, mas que diz que nada está ainda decidido. O ministro elenca as várias condições para que ocorra o negócio. E lembra que nem tudo é dinheiro.
O governador do Banco de Portugal reitera que o Montepio está numa "rota de regresso aos lucros".
Carlos Costa recusa ser o responsável por decidir a alteração da marca da Caixa Económica Montepio Geral. O governador coloca a última palavra na gestão e nos seus accionistas.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, admite que é favorável à diversificação accionista do Montepio Geral, mas recusa estar a liderar conversações para concretizar uma operação.