
Operação Babel: João Pedro Lopes conta que deu relógios a ex-vice de Gaia para "marcar pontos"
"Os relógios não eram para decidir o que quer que fosse a nosso favor, era apenas um reconhecimento", descreveu em tribunal o advogado.
"Os relógios não eram para decidir o que quer que fosse a nosso favor, era apenas um reconhecimento", descreveu em tribunal o advogado.
Entre 2013 e 2017, a empresa municipal que o atual ministro da Saúde dirigia adjudicou €2,8 milhões ao pai de Patrocínio Azevedo, vice da câmara de Gaia agora detido por suspeitas de corrupção. Diz à SÁBADO desconhecer o parentesco.
Para o Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, "tal factualidade indicia a prática de crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva e recebimento indevido de vantagem".
Patrocínio Azevedo, João Lopes, Elad Dror, Paulo Malafaia, Amândio Dias e dois funcionários da Câmara do Porto foram detidos no âmbito da Operação Babel.
Eduardo Vítor Rodrigues é arguido no âmbito da investigação a projetos imobiliários a rondar os 300 milhões de euros. O seu vice foi detido.
Ganhou e perdeu muito dinheiro até, por vezes, ficar sem nenhum. “Só me arrependeria se olhasse para trás insatisfeito”, desabafa. Terá aprendido com os erros. Descobriu Portugal e, hoje, é um dos maiores investidores imobiliários do País, dono dos franchisings da Huawei e Xiaomi. A história de Elad Dror já quase dá um filme. Com milhões e limões!...
Centenas de apartamentos de luxo proliferam numa das mais pequenas cidades do País. É esta súbita vaga imobiliária e os seus autores que estão na mira da justiça.
Na quarta-feira, uma fonte judicial confirmou à Lusa que nem a empresa nem o seu diretor-executivo estão envolvidos nesta investigação da Polícia Judiciária e do Ministério Público, que culminou na detenção do presidente da Câmara Municipal de Espinho, de um funcionário e de três empresários.
Os detidos serão hoje presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
Autarquia revelou as identidades dos detidos, que vão desde um funcionário da câmara a um agente imobiliário.